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Política

"Peça de processo" e "dentro das 4 linhas": veja o que Bolsonaro já disse sobre tentativa de golpe

Ex-presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe

19 fev 2025 - 23h27
(atualizado em 19/2/2025 às 01h00)
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Indiciado pela PF, Jair Bolsonaro acumula reveses no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de eventual denúncia ser apresentada pela PGR
Indiciado pela PF, Jair Bolsonaro acumula reveses no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de eventual denúncia ser apresentada pela PGR
Foto: Wilton Junior/Estadao / Estadão

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe, Jair Bolsonaro (PL) sempre negou envolvimento na trama golpista. Até agora, o ex-presidente só se manifestou por meio de sua defesa, que alega ter recebido a notícia com "estarrecimento e indignação" e afirma que Bolsonaro "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam". 

Mas, antes da denúncia, o ex-presidente chegou a reconhecer ter debatido um decreto de estado de sítio após ser derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2022, mas afirmou que descartou a ideia. 

Batizado de "minuta do golpe", uma versão do documento foi encontrada na sala de Bolsonaro na sede do PL em Brasília. O ex-presidente se defendeu dizendo que era um documento de um processo enviado por sua defesa.

"Conversei com os advogados e buscamos saber como aqueles papéis estavam lá. No final da tarde, foi descoberto, comprovadamente: aqueles papéis eram peças de um processo que o advogado tinha conseguido junto ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator daquele inquérito. Então era peça de processo. Nada de novidade ali", declarou o ex-presidente à TV Record em fevereiro de 2024.

Em novembro do ano passado, admitiu que o estado de sítio chegou a ser estudado no fim de seu governo e voltou a negar que tenha liderado uma tentativa de golpe, como apontado pela Polícia Federal e pela PGR. 

Segundo ele, um decreto de estado de sítio não seria um golpe porque estaria previsto na Constituição: "Esquece, jamais. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte", afirmou o ex-presidente ao descatar tentativa de golpe. 

Entenda a denuncia da PGR

Ao todo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ofereceu denúncia contra 34 pessoas acusadas de "estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito".

Os denunciados são acusados dos seguintes crimes:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • deterioração de patrimônio tombado.

"As peças acusatórias baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens que revelam o esquema de ruptura da ordem democrática. E descrevem, de forma pormenorizada, a trama conspiratória armada e executada contra as instituições democráticas", informa a PGR.

Ainda segundo a Procuradoria-Geral da República, a organização tinha como líderes o então presidente da República e o seu candidato a vice-presidente. "Aliados a outras pessoas, dentre civis e militares, eles tentaram impedir, de forma coordenada, que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido".

A denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de uma investigação da Polícia Federal (PF) que apontou Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que atuou para abolir o Estado Democrático de Direito.

O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma "falsa realidade de fraude eleitoral" para que sua derrota não fosse interpretada como um acaso e servir de "fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022".

A investigação aponta ainda que o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Redação Terra
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