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Política

"Ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu", afirma Dilma

7 ago 2015 - 21h11
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que ninguém pode tirar de seu mandato a legitimidade garantida pelas urnas, uma resposta aos pedidos de novas eleições feitos por setores da oposição para superar a atual crise.

"Ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu", garantiu a presidente, em discurso feito na cidade de Boa Vista (RR), durante um ato de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

A advertência foi feita em meio a grave crise política e econômica vivida pelo país, que também levou vice-presidente, Michel Temer, a defender a união de partidos políticos, empresários e sociedade civil em um pacto pela governabilidade.

Dilma subiu o tom de sua própria defesa um dia depois de dois partidos terem anunciado a saída da base de apoio ao governo no Congresso e da divulgação de uma pesquisa do Instituto Datafolha que mostrou que a reprovação da presidente chegou a 71%, recorde que pertencia ao ex-presidente Fernando Collor às vésperas de sofrer um impeachment, em 1992.

Líderes do PSDB e do DEM afirmaram ontem que a crise só será superada com uma nova eleição presidencial. Em vez de propor um impedimento da presidente, eles defendem uma renúncia de Dilma e de Temer para que o pleito seja convocado.

"Eu respeito à democracia do meu país e sei o que é viver em uma ditadura. Por isso, respeito à democracia e o voto. E podem estar seguros que, além de respeitar, honrarei o voto que me deram", afirmou a presidente em discurso.

"A primeira característica de quem honra o voto que lhe deram é saber que é ele a fonte da minha legitimidade, e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu", acrescentou.

Dilma afirmou que a população tem que defender a institucional, política, econômica e social do país. E que se dedicará "com grande empenho" nos próximos meses e anos de seu mandato.

Sobre os ataques da oposição ao seu governo, a presidente reiterou que está acostumada a aguentar pressões.

"Ao longo da vida eu passei muitos momentos difíceis. Sou uma pessoa que aguenta pressão. Sou uma pessoa que aguenta ameaça. Aliás, eu sobrevivi a grandes ameaças à minha própria vida. Acredito que o Brasil de hoje é muito diferente daquele no qual tive que enfrentar as mais terríveis dificuldades", disse a presidente, se referindo às torturas sofridas durante a ditadura.

"Estamos em uma democracia e a democracia respeita especialmente uma coisa: a escolha direta pelo voto popular", acrescentou.

EFE   
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