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Política

'Nem sei se é bom ter Trump colado com minha imagem', diz Flávio Bolsonaro

15 dez 2025 - 20h39
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira, 15, que ter o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, associado à sua pré-candidatura à Presidência da República não seria positivo para ela.

A declaração foi feita durante uma entrevista ao canal LeoDias TV no YouTube. E ocorre na esteira de um desgaste de Trump com a militância bolsonarista.

Na sexta-feira passada, Trump tirou o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A decisão também incluiu a remoção da advogada Viviane Barci, mulher do magistrado, e do Instituto Lex, empresa administrada por Viviane com participação dos filhos do casal.

Moraes tinha sido sancionado pelo governo Trump no dia 30 de julho deste ano em um contexto de pressão das autoridades americanas para que o Supremo recuasse no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado.

Flávio negou que a retirada das sanções representasse um enfraquecimento da família Bolsonaro. Isso porque o movimento da Casa Branca vinha rendendo créditos ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se autoexilou nos Estados Unidos para articular com a Casa Branca punições a autoridades brasileiras.

"As sanções que foram impostas ao Brasil e a Lei Magnitsky não foram manipulação do Eduardo. As empresas e os cidadãos americanos perseguidos pelo Moraes sempre foram os interesses do Trump. Acreditar que o Eduardo manipula o Trump, isso não dá. Não tem nada a ver com a minha candidatura. Nem sei se é bom ter Trump colado com a minha imagem", disse Flávio.

Eduardo publicou uma nota de pesar após a retirada das sanções a Moraes. Em uma publicação no X, ele pediu que "Deus tenha misericórdia do povo brasileiro" e disse que a sociedade brasileira perdeu uma "janela de oportunidade" para "enfrentar seus próprios problemas estruturais".

Na mesma noite, Moraes chegou a agradecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no empenho do Palácio do Planalto para convencer a Casa Branca a retirar as punições.

Houve uma enxurrada de críticas a Trump na direita brasileira, da militância a parlamentares bolsonaristas. O americano foi chamado sobretudo de "decepção", e usuários inundaram as redes sociais com queixas.

"Abandonou o nosso presidente", "o homem mais poderoso do mundo se rendeu ao tirano do Brasil", "perdoou um ditador que anda saqueando o povo", "triste dia, foi humilhado por um inseto", "Trump desmoralizando o Brasil e cada um de nós patriotas" e "game over para o Brasil", diziam alguns dos comentários.

Flávio reafirmou que não vai retirar sua candidatura e que as eleições presidenciais de 2026 "terá um Bolsonaro nas urnas". E que ele deve ser uma versão mais moderada daquela que o pai foi enquanto presidente - o senador disse que a comunicação foi o principal defeito do governo Bolsonaro (2019-2022)

"As pessoas vão ver um Bolsonaro mais centrado. Eles sempre cobraram muito isso: "ah, o Bolsonaro podia falar menos". Eu não quero falar em versão melhorada, mas acredito que (sou de um) perfil de mais conversar, buscar o diálogo, conversar com a esquerda, me dou bem com todo mundo, nunca levo para o CPF de ninguém", declarou.

O senador se recusou a dizer quais dos outros presidenciáveis da direita ele apoiaria se ele mesmo não for convidado, entre os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

"O único nome que está colocado é o meu. Tem que perguntar para eles se eles me apoiariam. Olha que problema bom: tem um monte de nomes bons que vão estar unidos contra o PT em 2026", disse.

O senador também afirmou que, se pudesse escolher, teria uma candidata a vice em sua chapa, uma vez que agregaria mais ao seu perfil. O eleitorado feminino está entre aqueles com os quais Bolsonaro teve mais dificuldade para conquistar nas eleições de 2022, junto do nordetisno e do mais pobre.

Estadão
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