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Política

Manifestantes se dispersam em BH; repórter é agredido

28 abr 2017 - 17h10
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Manhã chuvosa sem metrô e poucos ônibus. Quem precisou sair de casa hoje encontrou dificuldades para passar por algumas das mais importantes vias de Belo Horizonte por causa das manifestações convocadas pelas Centrais Sindicais em protesto contra as reformas trabalhista e da previdência. Um repórter fotográfico foi agredido enquanto tentava fotografar o protesto no centro da capital mineira. No fim da manhã os grupos se reuniram na Praça da Estação de onde se dispersaram já no início da tarde. Cidades do interior do estado também registraram aglomerações.  

Manifestantes protestam em frente ao Pirulito da Praça 7, no Centro de Belo Horizonte (MG)
Manifestantes protestam em frente ao Pirulito da Praça 7, no Centro de Belo Horizonte (MG)
Foto: Futura Press

A Polícia Rodoviária Federal informou que as rodovias 040 e 116 apresentaram os maiores congestionamentos e problemas durante os protestos. O tráfego de veículos foi interrompido durante a manhã nas cidades de Congonhas, Barbacena, Três Marias, Itaobim, Alpercata, Manhuaçu, Governador Valadares e Frei Inocêncio. Ainda de acordo com a PRF, o trânsito foi restabelecido por volta de 12h.  No total, 23 pontos em todo o estado tiveram bloqueios.  

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que o metrô da Região Metropolitana de BH não funcionou. A adesão dos metroviários à greve geral contraria uma liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) obrigando funcionamento mínimo de 80% da frota durante o horário de pico e 60% no restante do dia.

Nem a imposição de multa diária de R$ 250 mil fez o sindicato da categoria mudar de ideia. A Central única dos Trabalhadores informou que vai pagar a quantia, caso seja necessário.

Repórter fotográfico agredido

O fotógrafo do jornal O Estado de Minas foi agredido por lojistas quando tentava registrar as imagens da Praça Sete de Setembro, no centro da capital mineira e um dos principais pontos de concentração de manifestações populares. Leandro Couri foi empurrado e teve um corte no braço depois de tentar acessar uma sobreloja. Um grupo estava cobrando irregularmente entre R$ 5 e R$30. A agressão aconteceu depois que ele questionou o critério de cobrança e o impedimento do acesso ao espaço.

Escolas também pararam

O Sindicato dos professores particulares do Estado de Minas Gerais (Sinpro) realizou uma assembleia da categoria em sua sede e seguiram em passeata à Praça Sete. Com isso, 80% dos estabelecimentos, segundo estimou o Sinpro, aderiu ao movimento paredista.

Parte das escolas publicas municipais também funcionaram. Comunicados enviados aos pais indicavam a possibilidade de interrupção dos serviços no decorrer do dia, caso os profissionais encontrassem dificuldade para chegar às escolas. O aviso fez com que alguns pais não levassem seus filhos, temendo terem dificuldade para apanhar as crianças antes do horário previsto.     

Fonte: Especial para Terra
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