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Política

Lula diz que Marina Silva não deve contar inverdades para chorar por ele

13 set 2014 - 19h35
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que Marina Silva, principal concorrente de Dilma Rousseff nas eleições de outubro, não deve contar "inverdades" para chorar por ele.

As afirmações foram dadas em resposta às declarações da ambientalista, que revelou ter chorado após um suposto ataque de Lula.

"A dona Marina não precisa contar inverdades ao meu respeito para chorar, chore por outras coisas que ela quiser chorar", rebateu Lula em um ato de campanha do candidato petista, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo.

"Nunca deixei de ter relação de amizade por desavenças políticas. Nunca falei mal de dona Marina e vou morrer sem falar mal dela", acrescentou o ex-presidente no comício, realizado no bairro de Sapopemba, na zona leste da capital paulista.

Marina, ex-filiada do PT, foi ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula e senadora pelo PT, mas saiu da legenda por divergências ideológicas. Após sua subida nas pesquisas em agosto, quando assumiu a candidatura do PSB no lugar de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo, Marina passou a ser alvo de críticas de petistas, incluindo Lula e Dilma.

"Não posso controlar o que Lula pode fazer contra mim, mas posso controlar que não quero fazer nada contra ele", declarou Marina, chorando, ao jornal "Folha de S.Paulo".

As críticas indiretas citam uma suposta intenção de Marina de não dar prioridade à exploração do pré-sal, e questionam a proposta de autonomia do Banco Central por causa da relação da candidata do PSB com a educadora Maria Alice Setubal, herdeira do banco Itaú.

A ex-ministra do Meio Ambiente lembrou de seus 24 anos de militância no PT, ao lado de Lula, e da defesa que fez do ex-presidente quando ele perdeu as eleições de 1989, quando foi alvo de um "ataque difamatório" feito por Fernando Collor, vencedor do pleito.

Pesquisas divulgadas nos últimos dias mostram que as eleições de outubro serão decididas em segundo turno. Dilma e Marina estão tecnicamente empatadas com 43% das intenções de voto.

EFE   
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