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Política

Hugo Motta diz que Glauber Braga agiu com 'extremismo' ao ocupar cadeira da presidência da Câmara

Deputado do Psol foi retirado à força do plenário pela Polícia Legislativa

9 dez 2025 - 19h17
(atualizado às 21h02)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, se pronunciou na noite desta terça-feira, 9, sobre Glauber Braga (Psol-RJ) ter ocupado a cadeira da presidência do plenário e interrompido os trabalhos na casa em protesto.

"Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana", escreveu Motta na rede social X, o antigo Twitter.

A greve de fome de Braga teve início em abril deste ano, quando a Comissão de Ética aprovou o pedido de cassação do mandato dele. O parlamentar passou nove dias vivendo no plenário de uma comissão sem comer, ingerindo apenas água, soro fisiológico e isotônico. Ele encerrou a greve após uma conversa com Motta.

Glauber Braga é retirado à força do plenário após ocupar cadeira da presidência da Câmara:

O presidente da Câmara criticou o protesto de Glauber Braga nesta tarde e considerou o ato extremista. "O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele."

"Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político.

Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida. Determinei também a apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa", completou Motta.

Os excessos citados foram jornalistas que foram retirados do plenário após o início do protesto de Braga e a suspensão do sinal da TV Câmara. Motta afirmou à GloboNews que não foi ele quem ordenou essas ações.

Ao Terra, a assessoria de imprensa da Câmara informou que, após Glauber Braga informar que não deixaria a cadeira do presidente da Mesa Diretora, a sessão deliberativa da Câmara foi suspensa, por isso a TV Câmara passou a transmitir a Comissão de Saúde, que estava em reunião no momento.

Retirada de Glauber Braga do plenário

Após horas ocupando a mesa diretora da Câmara, Glauber Braga foi retirado à força do plenário pela Polícia Legislativa. O parlamentar do Psol foi arrastado e defendido por outros deputados aliados. "A que preço, Hugo Motta, precisava disso aqui? Precisava atacar as deputadas? Precisava de uma ação violenta e forçada. O senhor sempre quis demonstrar que é um ponto de equilíbrio entre forças diferentes. Isso é uma mentira. Com os golpistas, sobrou docilidade. Com quem não entra no jogo deles, é porrada", declarou Braga em coletiva de imprensa.

A fala do parlamentar é uma referência à ocupação da mesa por 14 deputados do PL, do PP e do Novo, que, em agosto deste ano, passaram mais de 30 horas na mesa da diretora do plenário em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pedido de cassação de Glauber Braga

O protesto foi feito após Hugo Motta anunciar nesta terça que entrariam em pauta na Câmara nos próximos dias os pedidos de cassação de Carla Zambelli (PL-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ) do próprio Glauber Braga.

O pedido de cassação do deputado do Psol foi aprovado pela Comissão de Ética da Câmara após um pedido do partido Novo, que o acusou de faltar com ao decoro parlamentar em abril do ano passado, quando expulsou da Câmara com empurrões e chutes o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costena.

Até então, a cassação de Glauber Braga ainda não havia entrado em pauta no plenário. O parlamentar argumenta que a pena é desproporcional e que o processo é uma perseguição política, pois ele teria uma relação conflituosa com o ex-presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).

Fonte: Portal Terra
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