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Política

Haddad reage a cobrança de Lula por articulação com Congresso: "Só faço isso da vida"

Lula falou para ministro deixar de ler livro e discutisse mais com parlamentares, e ainda cobrou o vice Geraldo Alckmin por mais agilidade

22 abr 2024 - 17h59
(atualizado às 18h31)
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Haddad voltou a cobrar pacto entre os três Poderes pelo ajuste das contas públicas.
Haddad voltou a cobrar pacto entre os três Poderes pelo ajuste das contas públicas.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

Questionado sobre a cobrança feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos ministros na articulação política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu que "só faz isso da vida". Mais cedo, o chefe do Executivo pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja "mais ágil" e que Haddad deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.

"Eu só faço isso da vida (conversar com parlamentares)", respondeu Haddad ao ser questionado por jornalistas. A declaração de Lula foi feita durante o lançamento do programa Acredita, voltado para crédito, no Palácio do Planalto. O programa tramitará no Congresso em forma de medida provisória e precisará de aprovação do Legislativo em até 120 dias para continuar vigorando.

Lula mencionou que seu partido, o PT, tem poucos congressistas num universo de 513 deputados e 81 senadores. "Isso significa que o (vice presidente Geraldo) Alckmin tem de ser mais ágil, tem de conversar mais. O (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad tem de, sabe, ao invés de ler um livro, ele tem de perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento Social), o Rui Costa (ministro da Casa Civil) passar uma parte do tempo conversando", disse o presidente da República.

"Conversa com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política", declarou Lula. O governo do petista passa por um momento de desgaste no Congresso.

É possível que, nos próximos dias, Lula encontre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar melhorar a relação do governo com o Congresso. As prováveis reuniões serão individuais, e não com os dois congressistas ao mesmo tempo.

Estadão
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