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Queiroz aparece dançando no hospital em vídeo vazado

Estado confirmou a autenticidade da filmagem com pessoas próximas ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro

12 jan 2019 - 13h50
(atualizado às 14h19)
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RIO DE JANEIRO - Um vídeo gravado por uma filha de Fabrício de Queiroz em que o ex-assessor senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) dança no hospital Albert Einstein enquanto toma soro viralizou nas redes sociais, na manhã deste sábado, 12. O "Estado" confirmou a autenticidade do vídeo com pessoas próximas a Queiroz. Não há informação sobre a data exata da filmagem.

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), em entrevista ao SBT antes de passar por cirurgia em São Paulo
Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), em entrevista ao SBT antes de passar por cirurgia em São Paulo
Foto: Reprodução/SBT / Estadão Conteúdo

Na gravação, o ex-assessor — que, segundo o Coaf, fez movimentações bancárias atípicas — aparece dançando, em meio a gargalhadas, quando a filha diz: "Agora é vídeo, pai! Pega teu amigo, pega teu amigo!". Ele rodopia em seguida, fazendo um sinal de positivo com as mãos.

Pessoas próximas a Queiroz avaliaram o vídeo como um desastre. O advogado de Queiroz, Paulo Klein, afirmou ao "Estado" que só se pronunciará sobre o vídeo depois de falar com o ex-assessor. Procurado, Queiroz ainda não respondeu.

Assista abaixo:

Ele faltou duas vezes a depoimentos marcados no Ministério Público alegando motivos de saúde. Antes de Paulo Klein assumir a sua defesa no caso, Queiroz havia faltado a outros dos depoimentos também, alegando que não havia tido acesso aos autos da investigação.

As filhas Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz, assim como o pai, ex-assessoras de Flávio Bolsonaro citadas no relatório, também faltaram a suas oitivas. Elas alegaram ao MP que precisavam ficar com o pai doente, que passou por uma cirurgia em São Paulo nesta semana.

Ao MP, a defesa da família afirmou que "todas se mudaram temporariamente para cidade de São Paulo, onde devem permanecer por tempo indeterminado e até o final do tratamento médico e quimioterápico necessários, uma vez que, como é cediço, seu estado de saúde demandará total apoio familiar".

Na terça-feira, 8, Queiroz disse ao "Estado" que "estava muito a fim de esclarecer tudo isso", "mas não contava com essa doença". "Nunca imaginei que tinha câncer", disse. Ele afirmou que dará as explicações apenas ao MP "por respeito" ao órgão, mas não informou a data. Queiroz também afirmou que está sendo tratado como "o pior bandido do mundo". Ele culpou a exposição do caso Coaf pelos problemas de saúde detectados recentemente.

"Após a exposição de minha família e minha, como eu fosse o pior bandido do mundo, fiquei muito mal de saúde e comecei a evacuar sangue. Fui até ao psiquiatra, pois vomitava muito e não conseguia dormir", justificou.

O documento do Coaf apontou que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e de 2017 e recebeu depósitos de assessores de Flávio Bolsonaro.

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