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Política

Deputado Hélio Lopes põe mordaça e acampa na Praça dos Três Poderes em ato pró-Bolsonaro; veja vídeo

Parlamentar é amigo e aliado do ex-presidente

25 jul 2025 - 17h52
(atualizado às 21h46)
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BRASÍLIA - O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) montou uma barraca na Praça dos Três Poderes em protesto contra as medidas judiciais impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Lopes ainda colocou um esparadrapo na boca sustentando que a liberdade de expressão está ameaçada no País.

O deputado publicou nas redes sociais uma carta aberta em que diz que o Brasil "não é mais uma democracia". "Não estou aqui para provocar. Estou aqui para demonstrar a minha indignação com essas covardias. Não estou incentivando ninguém a fazer o mesmo", disse.

Questionado pela reportagem por que ele resolveu se acampar, ele se manteve calado.

Diante de novas perguntas, o deputado reagiu gesticulando negativamente, manifestando o desejo de permanecer sem falar, com a mordaça na boca, enquanto lia o capítulo de Provérbios, do Velho Testamento da Bíblia.

Apesar de declarar-se em um "jejum de palavras", ad contad do parlamentar nas redes sociais continuaram ativas e, por lá, ele se manifestava: "Muito obrigado pelas mensagens de carinho. Mesmo em silêncio, tenho sentido cada palavra, cada oração e cada apoio que chega de todos os cantos do Brasil", escreveu em sua conta o X.

A manifestação chamou a atenção de poucos transeuntes, em sua maioria bolsonaristas. O primeiro político a chegar foi o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que um abraço no deputado e disse que irá acampar ao lado de Lopes.

"Estamos procurando uma forma de mostrar ao Brasil o que está acontecendo", disse. Segundo ele, ainda que Lopes tenha dito que não está "incentivando ninguém a fazer o mesmo", num futuro breve poderiam ter outras dezenas de acampamentos na Praça dos Três Poderes.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, usou as redes para se solidarizar com Hélio Lopes e disse que foi um ato isolado, mas que o País está ouvindo. Sóstenes anunciou que antecipará retorno a Brasília para ir ficar ao lado do deputado do Rio.

A Polícia Militar do Distrito Federal acionou a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, conhecida como DF Legal, dizendo que acampamentos não podem ficar na área da Praça, a mesma que foi invadida nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

O deputado se recusou a sair. À noite, a segurança do lado de fora do prédio do Supremo Tribunal Federal foi reforçada.

Depois de ser abordado por policiais, o deputado postou em sua rede uma mensagem ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. "Venho, por meio desta, comunicar que me encontro em uma manifestação pacífica, silenciosa e individual, nas imediações do Supremo Tribunal Federal. Estou em jejum de palavras, com esparadrapo sobre a boca, portando a Bíblia Sagrada, a Constituição Federal e uma barraca para repouso", escreveu.

Ele pediu ao governador que orientasse os policiais. "Informo que a Polícia Militar do Distrito Federal compareceu por três vezes ao local tentando forçar a retirada deste parlamentar, sem qualquer justificativa legal.Reitero que não há tumulto, não há aglomeração, não há ilegalidade. Apenas o exercício legítimo e pacífico de garantias constitucionais. Solicito que o Governo do Distrito Federal oriente suas forças de segurança a cumprirem a Constituição e respeitarem os direitos assegurados a qualquer cidadão — ainda mais a um parlamentar no exercício de sua liberdade individual".

Mais cedo, ao dar entrevista, Bolsonaro disse que passaria perto da manifestação de Lopes, mas não iria parar "senão politiza".

Estadão
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