Contato com advogado de Trump foi anterior às cautelares, diz defesa de Bolsonaro
Ex-presidente tinha até nesta sexta-feira, 22, para explicar o descumprimento de medidas ao STF
A defesa de Jair Bolsonaro alegou ao STF que a interação com o advogado ligado à Trump Media ocorreu antes das medidas cautelares, negando descumprimento ou atuação criminosa destacada pela Polícia Federal.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o contato com o advogado responsável por representar a Trump Media, Martin de Luca, foi anterior às medidas cautelares impostas a ele. A afirmação foi dada nesta sexta-feira, 22, durante a apresentação de esclarecimentos no inquérito que investiga suposta tentativa de coação a autoridades responsáveis pela ação penal do golpe de Estado.
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A manifestação foi enviada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar um prazo de 48 horas para que os advogados esclarecessem o susposto descumprimento de medidas cautelares, como planejamento para fuga e reiteração das condutas ilícitas.
No relatório final enviado pela Polícia Federal (PF) ao STF, a investigação menciona que o ex-presidente pediu orientação ao advogado norte-americano sobre como “reagir” ao tarifaço. Segundo as autoridades, havia “um cenário de ações previamente ajustadas” entre as duas partes.
No entanto, a defesa argumenta que as falas “passam longe” de sustentar as conclusões lançadas pela PF. “A Polícia Federal narra algumas poucas mensagens trocadas entre o causídico e o ex-presidente. O teor: o recebimento de petições públicas então já protocoladas nos EUA e o pedido de aconselhamento na nota à imprensa publicada pelo Peticionário. O advogado americano não é investigado em nenhum feito. E não há qualquer proibição de contato do Peticionário com o advogado”, diz o documento.
“Ora, tais fatos não podem indicar atuação criminosa, nem muito menos desrespeito às cautelares! Há, na inclusão desta troca de mensagens com o advogado, uma pouco disfarçada tentativa de proibir quaisquer conversas com pessoas que possam compartilhar o mesmo matiz político e, portanto, as mesmas críticas”, pontua a defesa.
Leia a íntegra do documento apresentado pela defesa de Jair Bolsonaro aqui!
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