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Política

Bolsonaro justifica visita em túmulo de soldados comunistas

Presidente participou de cerimônia em homenagem a soldados do então exército soviético mortos durante a Segunda Guerra Mundial

17 fev 2022 - 07h25
(atualizado às 07h26)
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Bolsonaro durante cerimônia de Aposição Floral no Túmulo do Soldado Desconhecido em Moscou, na Rússia
Bolsonaro durante cerimônia de Aposição Floral no Túmulo do Soldado Desconhecido em Moscou, na Rússia
Foto: Alan Santos/PR

Após a repercussão de sua visita a um túmulo de combatentes comunistas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou justificar, ainda que nas entrelinhas, a homenagem prestada aos militares soviéticos mortos durante a viagem oficial a Moscou. "Soldado é simplesmente soldado", escreveu o presidente no Facebook, junto a um vídeo do evento.

Na quarta-feira, 16, no seu primeiro compromisso oficial da viagem à Rússia, Bolsonaro participou de cerimônia em homenagem a soldados do então exército soviético mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), época em que a Rússia era a comunista União Soviética.

Ele fez entrega de flores no monumento conhecido como "túmulo do soldado desconhecido", construído em memória de combatentes mortos sem identificação durante o confronto com os nazistas.

Junto aos Estados Unidos, os soldados da União Soviética tiveram papel decisivo para a derrota das tropas alemãs de Adolf Hitler na guerra.

Na postagem de hoje, Bolsonaro reconheceu que o monumento foi erguido em nome dos soldados soviéticos - mas não citou que à época regime político da atual Rússia era o comunismo.

"O marco é para lembrar as perdas humanas da URSS durante a Segunda Guerra Mundial", limitou-se a escrever o presidente, abreviando União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

A homenagem com referências ao passado comunista da Rússia acontece no momento em que Bolsonaro tenta reciclar o discurso de combate à esquerda e ao comunismo, de olho nas eleições de 2022

A visita de Bolsonaro ao monumento gerou reação nas redes sociais. Enquanto muitos viram contradição na agenda, após as reiteradas críticas do presidente à esquerda, aliados e simpatizantes do governo defenderam o compromisso oficial, com a alegação de que soldados apenas servem a governos de plantão.

Estadão
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