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Política

Bolsonaro diz que advertiu filho por "absurdo" sobre o STF

Eduardo Bolsonaro afirmou em um vídeo que viralizou no fim de semana que bastaria enviar um soldado e um cabo para fechar o Supremo.

22 out 2018 - 15h15
(atualizado às 15h36)
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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira em entrevista ao SBT que repreendeu o filho Eduardo Bolsonaro pelo "absurdo" da declaração gravada em um vídeo em que o deputado eleito fala na possibilidade de fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu já adverti o garoto, o meu filho, a responsabilidade é dele. Ele já se desculpou. Isso aconteceu há quatro meses, ele aceitou responder uma pergunta que não tinha nem pé nem cabeça, e resolveu levar para o lado desse absurdo", disse Bolsonaro em entrevista gravada em sua casa na zona oeste do Rio de Janeiro.

Candidato do PSL à Presidência, deputado Jair Bolsonaro
 4/7/2018
 REUTERS/Adriano Machado
Candidato do PSL à Presidência, deputado Jair Bolsonaro 4/7/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Nós temos todo o respeito e a consideração pelos demais Poderes, e o Judiciário, obviamente, é importante. Eu até fui pesado com o meu garoto, quem fala isso tem que buscar o psiquiatra. Ele já assumiu a responsabilidade, repito, se desculpou, e no que depender de nós, obviamente, isso é uma página virada na história".

Eduardo Bolsonaro afirmou em um vídeo que viralizou no fim de semana que bastaria enviar um soldado e um cabo para fechar o Supremo. Após a repercussão gerada pelo vídeo, Eduardo tuitou negando que tenha defendido o fechamento do STF, afirmando que apenas repetiu uma brincadeira.

Questionado no domingo sobre a declaração dada pelo filho, Bolsonaro já havia dito que "não existe" hipótese de fechar o STF, e que quem falou em fechar o Supremo deveria "consultar um psiquiatra".

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse em nota nesta segunda-feira que "atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia", e outros ministros da Corte também se manifestaram sobre a declaração de Eduardo Bolsonaro. O decano do STF, Celso de Mello, a classificou de "inconsequente e golpista".

'Não estou vendendo minha alma ao diabo':
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