PUBLICIDADE

Política

Bolsonaro decide manter Bebianno no governo, dizem aliados

Ministro já foi informado por colegas, mas ainda não conversou pessoalmente com o presidente

15 fev 2019 - 13h58
(atualizado às 14h04)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Fátima Meira / Futura Press

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro afirmam que ele decidiu atender aos apelos políticos e manter o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, no cargo. O presidente ainda não conversou com o ministro. A informação foi dada a Bebianno pelos colegas Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Carlos Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo).

Ambos fazem parte do grupo que trabalhou para amainar a crise entre Bolsonaro e Bebianno e garantir a permanência do ex-presidente do PSL no governo. Bebianno, que foi chamado publicamente de mentiroso pelo presidente e seu filho Carlos, avisou que não pediria demissão, apesar da pressão, e que caberia a Bolsonaro tomar a iniciativa se quisesse.

Onyx e Santos Cruz foram ao encontro de Bebianno após conversarem com o presidente sobre o caso. Como o Estado revelou ontem, preocupados com a ação dos filhos, que em vários momentos têm trazido diferentes crises para o governo e com a proteção que eles têm recebido do pai, os "bombeiros" do Planalto entraram em campo.

Mais do que proteger Bebianno, esses interlocutores do presidente estão convencidos de que "é preciso estancar" essa ação dos filhos de Bolsonaro, que estariam prejudicando o País. Lembram que misturar família e governo nunca deu bons resultados e isso, mais uma vez, está sendo provado com seguidos episódios nestes menos de dois meses de nova administração.

Além das desavenças com Carlos, A tensão instalada entre Bolsonaro e Bebianno tem origem em suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas pelo PSL. A crise ocorre no momento em que o Planalto tenta manter coesão para as negociações da pauta de votação mais importante no Legislativo, a da reforma da Previdência.

Veja também:

Eurasia no Broadcast: Caso Bebianno não impacta de forma significativa agenda econômica:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade