Assange é exemplo na luta pelos direitos humanos, diz Lula após reunião
Presidente estava na Itália para participar do funeral do papa Francisco, que faleceu no último dia 21
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Julian Assange é um exemplo para todos que atuam em defesa dos direitos humanos, em publicação sobre reunião com o jornalista na última segunda-feira, 28. Em seu X (antigo Twitter), o presidente afirmou que o encontro aconteceu na embaixada brasileira em Roma, na última sexta-feira, 25.
Recebi na última sexta-feira (25/4), em Roma, o jornalista e programador Julian Assange. Comentamos sobre o engajamento do Papa Francisco em favor da causa da liberdade de expressão e de defesa da democracia. Foi a partir da audiência concedida pelo Papa à esposa e aos filhos de… pic.twitter.com/HUlrihE9XL
— Lula (@LulaOficial) April 28, 2025
"Ele é um exemplo para todos que atuam em defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos", escreveu Lula. O presidente já havia manifestado seu apreço pelo jornalista anteriormente e na ocasião de sua soltura da prisão, em 2024, acusado de espionagem contra os Estado Unidos.
O presidente estava na Itália para participar do funeral do papa Francisco, que faleceu no último dia 21. Lula afirma que conversou sobre o "engajamento do Papa Francisco em favor da causa da liberdade de expressão e de defesa da democracia". O presidente escreveu que o pontífice foi responsável por gerar um "novo ímpeto" na campanha pela libertação do jornalista depois de uma audiência concedida com a esposa e os filhos de Assange, em 2023.
"Fiquei muito feliz em constatar que Assange está bem de saúde e está reconstruindo a sua vida familiar e profissional", finalizou Lula.
Quem é Julian Assange?
Assange é o fundador do Wikileaks, que, desde 2006, atua como uma organização anti-sigilo com o objetivo declarado de criar uma plataforma que iria permitir a publicação segura na internet de documentos vazados. Em 2010, o grupo recebeu atenção internacional pelos vazamentos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. O australiano esteve preso em Londres entre 2019 e 2024 e se declarou culpado como parte de um acordo para não ser extraditado para os Estado Unidos.
À época da soltura de Assange, Lula afirmou que ela representava uma "vitória democrática". Segundo o petista, após a libertação, o mundo está "melhor" e "menos injusto".
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