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Política

Alesp aprova aumento de salário de Tarcísio em 50%; reajuste tem efeito cascata

Proposta vai à sanção do governador Rodrigo Garcia; com a mudança o teto do funcionalismo sobe para R$ 34,5 mil

29 nov 2022 - 18h47
(atualizado às 18h55)
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Segundo Garcia, a medida pode gerar um custo estimado de R$ 1,5 bilhão ao ano.
Segundo Garcia, a medida pode gerar um custo estimado de R$ 1,5 bilhão ao ano.
Foto: Alex Silva/Estadão - 4/11/2021 / Estadão

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira, 29, por 56 votos a 6, reajuste que concede um aumento de 50% nos salários do governador, do vice-governador e dos secretários estaduais. O reajuste tem efeito cascata em todo o funcionalismo que recebe o teto pago pelo Estado.

O projeto agora vai a sanção do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Segundo o próprio chefe do Executivo paulista, a medida pode gerar um custo estimado de R$ 1,5 bilhão ao ano.

O reajuste concedido foi o dobro da inflação do período, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o último aumento havia sido concedido em março de 2019.

Com a mudança o salário, o salário do governador passa de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil a partir de 2023 na gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os rendimentos do vice-governador passam de R$ 21,9 mil para R$ 32,9 mil e dos secretários vão de R$ 20,7 mil para R$ 31,1 mil.

Ricardo Mellão (Novo), Janaína Paschoal (PRTB), Patrícia Gama (PSDB), Carlos Giannazi (PSOL), Mônica Seixas (PSOL) e Adriana Borgo (Agir) votaram contra.

"Estávamos tentando construir aqui um reajuste salarial digno para todos os servidores. O entendimento da bancada do PSOL é que o reajuste de 50% apenas para o servidores que ganham o teto tira a possiblidade orçamentária de reajuste futuro para servidores que ganham menos", afirma Mônica.

"Esse aumento que define o teto constitucional eleva o salário dos servidores que já ganham mais. Servidores públicos que ganham um salário mínimo não terão aumentam nenhum. Não é que as pessoas não mereçam. Mas tem que ter uma visão sistemática", diz Janaína Paschoal.

Para o presidente da Comissão de Orçamento da Alesp, Gilmaci Santos (Republicanos), o impacto do projeto já está previsto e não deve gerar problemas no Orçamento estadual. "Categorias de auditores, fiscais e policiais não tinham um aumento desde 2019?, argumentou o deputado. "Poderia ser menos? Poderia. Mas isso dá argumento para outras categorias terem aumento no futuro."

Estadão
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