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Política

Aécio se diz solidário a Marina e lamenta decisão do TSE contra Rede

Em nota, presidente do PSDB se apresenta como alternativa ao governo Dilma e puxa para si bandeira da sustentabilidade

3 out 2013 - 22h22
(atualizado às 22h30)
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O presidente nacional do PSDB e possível candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), divulgou uma nota nesta noite, lamentando a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de negar registro ao partido de Marina Silva, a Rede Sustentabilidade. Aécio disse que sua legenda sempre foi solidária à ex-ministra, e apontou que o PT, da presidente Dilma Rousseff, teria tentado dificultar a formação de seu partido.

"Acompanhamos desde o início o esforço de Marina Silva para formação da Rede, e fomos solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso", diz a nota. "Lamentamos a decisão do TSE, mas temos que aceitar e respeitar a decisão da Justiça. Mantemos a posição que já externamos em outras oportunidades: a presença de Marina Silva engrandece o debate democrático de ideias."

O texto termina apontando o próprio PSDB como uma alternativa ao governo Dilma, e puxando para si a bandeira da sustentabilidade: "De nossa parte, o PSDB continuará trabalhando para apresentar um projeto alternativo ao que está aí, com a permanente preocupação com algo extremamente caro a ex-senadora e a todos nós brasileiros, assegurar ao Brasil um desenvolvimento sustentável".

TSE nega registro à Rede

Por 6 votos a 1, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitaram o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, na noite desta quinta-feira. O principal argumento foi o número de assinaturas abaixo do mínimo exigido por lei.

Ao rejeitar o pedido de criação do partido de Marina Silva, a relatora do processo, ministra Laurita Vaz, afirmou que é "inconciliável" o pedido para que fossem validadas 95 mil assinaturas rejeitadas, pleito de Marina e seus correligionários. Ela explicou que a ex-senadora deveria ter questionado as anulações diretamente nos cartórios. Ainda segundo Laurita, cabia ao partido comprovar a validade das assinaturas.

Numa espécie de afago, a ministra Luciana Lóssio ressaltou o filtro ético diferenciado e a busca da lisura mostrados pela Rede, postura já exaltada no parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE). Segundo ela, são esses princípios que devem nortear um partido político. Ainda assim, a ministra votou contra o pedido de registro, justificando que a lei exige um requisito objetivo, que é o número mínimo de assinaturas.

Os ministros João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Marco Aurélio Mello e a presidente do TSE, Cármen Lúcia, também rejeitaram o pedido de registro. Apenas Gilmar Mendes voltou a favor.

Fonte: Terra
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