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Polícia

Versão sobre morte de zelador não é plausível, diz delegada

Suspeitos participam da reconstituição do crime em prédio de São Paulo

11 jun 2014 - 17h13
(atualizado às 17h16)
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Publicitário Eduardo Martins e a mulher Ieda Martins chegaram ao local da reconstituição da morte do zelador por volta das 11h desta quarta-feira
Publicitário Eduardo Martins e a mulher Ieda Martins chegaram ao local da reconstituição da morte do zelador por volta das 11h desta quarta-feira
Foto: Fábio Santos / Terra

Após cinco horas de duração, a perícia da Polícia Civil de São Paulo concluiu a reconstituição da morte do zelador Jezi Lopes, nesta quarta-feira, em São Paulo. Por volta das 16h30, a exemplo do que ocorreu no período da manhã, o casal Eduardo e Ieda Martins, acusado do crime, foi hostilizado pela vizinhança. Logo após a saída dos suspeitos, os delegados que participam da investigação falaram sobre o trabalho da perícia e, segundo a opinião da delegada Silvia Fagundes Teodoro, do 13º DP, ficou claro que a versão apresentada pelo publicitário não é plausível.

Segundo a delegada, Eduardo falou novamente que Jezi morreu após bater a cabeça no batente da porta, após uma discussão. “Há controvérsia entre as versões deles. Muitas coisas que eles disseram caíram por terra com a simulação e eles não conseguiram reproduzir o que disseram. Ele está se atendo à versão inicial dele, com briga e queda. Não é plausível”, falou a delegada.

De acordo com Silvia, por causa das controvérsias, Eduardo e Ieda serão colocados frente a frente para uma acareação. A polícia não quis detalhar o processo da reconstituição, se limitando a dizer que aguarda o laudo da perícia, que ainda não tem data para ficar pronto.

Acompanhando a delegada Silvia, estava o delegado Egidio Cobo, também do 13º DP, que disse que ainda não se sabe se uma nova perícia será feita, dessa vez na casa do pai de Jezi, em Praia Grande. “Não sabemos ainda se terá outra etapa essa reconstituição. Hoje nós confrontamos as informações dadas por eles, como horários e ações. Agora vamos aguardar o resultado da perícia”, concluiu. 

Reconstituição

O casal Eduardo e Ieda chegou ao apartamento no bairro da Casa verde por volta das 11h e , assim que chegaram, foram hostilizados por vizinhos, que os chamaram o tempo todo de “assassinos”. Os dois vieram em viaturas separadas e, pelo que indicou a investigação, fizeram a reconstituição separadamente.

Peritos levaram um boneco com as dimensões e peso do zelador e uma mala igual à utilizada para esconder o corpo. Segundo a versão de Eduardo, ele matou e colocou o corpo na mala sem a ajuda da mulher.

Enquanto aguardava o início da reconstituição, o advogado da família, Robson Lopes de Souza, disse que esperava Justiça no caso. "O que se busca com a reconstituição é dar validade ou não ao que foi dito na delegacia. Que a Justiça seja feita. Eles vão pagar pelo que cometeram", afirmou. 

O defensor alegou que não acha impossível que os dois tenham participado de outro crime. Após a descoberta da morte do zelador, foi levantada a hipótese de que Ieda e Eduardo tivessem envolvimento na morte do ex-companheiro dela. O crime ocorreu no Rio de Janeiro em 2005. "Uma tragédia pode abrir as portas para que esse outro caso seja esclarecido. Existem uma grande expectativa em fazer uma junção dos casos", disse Robson, que também é primo de Jezi. 

Foto: Arte Terra
Fonte: Terra
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