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Polícia

SP: greve de agentes penitenciários superlota cadeia de flagrantes

17 mar 2014 - 17h15
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Prestes a completar uma semana, a greve dos agentes penitenciários interrompeu a entrada de novos presos ao Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia e provoca o superlotação da carceragem anexa ao 2º Distrito Policial, no bairro São Bernardo, em Campinas. No local, onde são encaminhados os presos em flagrante à espera de vaga para transferências aos Centros de Detenção Provisória (CDP) instalados dentro do Complexo, havia, até a manhã desta segunda-feira 101 detidos em 8 celas. A capacidade das instalações é para 48 presos, segundo a Polícia Civil.

A paralisação dos agentes afetou a rotina de visitas no sábado e domingo. Familiares que costumam levar alimentos e produtos de higiene não puderam entrar nas unidades portando os produtos. As crianças, filhos e parentes dos detentos também foram impedidas de acessar o pátio de visitas.

Segundo o comando de greve, as restrições são medidas de segurança, já que dos 800 funcionários que trabalham nas sete unidades prisionais no Complexo Campinas-Hortolândia somente 250 estão trabalhando. A greve tem impedido também a entrada de advogados, transferências de presos entre presídios e audiências nos fóruns. Foram mantidas a entregas de cartas, alimentação, atendimento de saúde e alvarás de soltura.

De acordo com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciário (Sindasp), a categoria pede 20% de reajuste salarial referente à reposição da inflação, 5% de aumento real e correção no auxílio-alimentação. Uma nova rodada de negociação deve ser marcada nesta semana. 

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), das 158 unidades prisionais no Estado de Paulo, 78 foram afetadas pelo movimento grevista. Uma ação liminar prevê multa de R$ 100 mil ao dia ao sindicato da categoria por prejuízo ao "direito alheio".

"A questão da superlotação nas cadeias preocupa, mas é um problema devido às dificuldades de negociação com o governo estadual”, disse o diretor do Sindasp, Carlos Rufino. Ele informou também que o Diário Oficial publicou a liminar autorizando a multa e que o jurídico do sindicato está analisando um posicionamento sobre a questão.

Fonte: Especial para Terra
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