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Polícia

RJ: hospital Getúlio Vargas reforça equipe; 4 internados morreram

25 nov 2010 - 11h54
(atualizado às 19h32)
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O hospital do subúrbio carioca Getúlio Vargas, localizado próximo à Vila Cruzeiro, onde o Bope iniciou operação nesta quinta-feira, reforçou sua equipe de emergência devido ao aumento de demanda na região, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Apenas na manhã desta quinta-feira, três pacientes foram internados, e nenhum tinha previsão de alta até as 11h50. Na quarta-feira, 21 moradores de comunidades locais deram entrada no hospital, e quatro deles morreram à tarde.

25 de novembro - Bope chega à Vila Cruzeiro, no Rio
25 de novembro - Bope chega à Vila Cruzeiro, no Rio
Foto: Jadson Marques / Futura Press

O caso mais grave era o de Reginaldo Dias Peixoto, 36 anos, que deu entrada no hospital após receber um tiro na cabeça. Ele passou por cirurgia e já está em estado regular, em leito pós-operatório. Bárbara Carolina Oliveira Silva, 16 anos, havia sido alvejada nas costas. Ela foi operada e está internada na enfermaria, onde passa bem. Gerson Rodrigues de oliveira, 26 anos, deu entrada no hospital com um tiro no braço esquerdo. Ele também foi operado e passa bem. Os outros 14 pacientes da região que deram entrada na quarta-feira, após serem atingidos por tiros ou feridos por estilhaços de granadas, já receberam alta.

O secretário Estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, visitou o hospital na manhã desta quinta-feira. De acordo com a secretaria, Cortês sempre circula pelas unidades de saúde, e a visita não tem relação com a operação iniciada pelo Bope nesta manhã.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado.

Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos três detidos e cinco mortos.

Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.

Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado

Fonte: Redação Terra
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