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Polícia

Quadrilha de tráfico presa no RS tinha ligação com PCC e Comando Vermelho

Um dos líderes da organização criminosa gaúcha já recebeu ajuda do Comando Vermelho, do RJ, para fugir de uma prisão em RO

17 dez 2013 - 14h04
(atualizado às 14h04)
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A quadrilha que foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta terça-feira tinha ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e com o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro. Segundo o delegado Mario Souza, do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), um dos líderes da quadrilha gaúcha chegou a ser "resgatado" de uma prisão de segurança máxima pelo CV. 

Nilton José Cassol, um dos maiores traficantes de armas do RS, fugiu do Presídio de Segurança Máxima de Vilhena (RO) com a ajuda de membros da facção. "Ele foi resgatado do presídio pelo Comando Vermelho, então ele tem uma ligação forte com eles", disse o delegado.

Cassol é suspeito de ter fornecido o armamento pesado utilizado em um dos maiores assaltos da história do RS, em uma fábrica de joias em Cotiporã, a 150 quilômetros de Porto Alegre. Em janeiro deste ano, ele já havia sido preso em Cristal (RS), 160 quilômetros ao sul de Porto Alegre.

Outros membros da quadrilha gaúcha tiveram contato com o PCC, segundo as investigações. Um dos integrantes foi preso em São Paulo e recebeu "apoio" de membros da facção de São Paulo. "Um criminoso gaúcho foi preso em são Paulo e o PCC o auxiliou, isso demonstra uma afinidade entre a organização criminosa gaúcha e a organização criminosa paulista."

De acordo com o delegado Souza, a principal suspeita é de que os traficantes presos hoje se beneficiassem de informações adquiridas com o PCC e o CV. "A nossa suspeita é que a organização criminosa do Rio Grande do Sul, que atuava em todo o Estado praticamente, buscasse informações e se aproveitasse dessas ligações com essas quadrilhas do centro do País", disse ele.

A Operação Expansão prendeu pelo menos 54 pessoas nesta terça-feira. Entre os suspeitos, estão líderes da quadrilha que eram responsáveis pelo tráfico de drogas, outros pela venda de armas, alguns cuidavam do tráfico ilegal de carros e líderes que faziam a contabilidade. em um mês, a quadrilha movimentou pelo menos R$ 2 milhões.

Fonte: Terra
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