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Polícia

Polícia faz nova reconstituição da morte de zelador em SP

16 jun 2014 - 12h49
(atualizado às 17h31)
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O publicitário Eduardo Martins confessou à polícia ser o autor da morte do zelador
O publicitário Eduardo Martins confessou à polícia ser o autor da morte do zelador
Foto: delamonica / Futura Press

Policiais Civis vão até a cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, nesta segunda-feira para fazer a segunda parte da reconstituição da morte do zelador Jezi Lopes, encontrado esquartejado no dia 2 de junho. Na última quarta-feira, foi feita a reconstituição na casa dos principais suspeitos, o casal Eduardo e Ieda Martins. As informações são da Globonews.

Na semana passada, a reconstituição na casa do casal, na zona norte de São Paulo, durou cinco horas e revelou algumas inconsistências segundo a delegada Silvia Fagundes Teodoro, do 13º DP. De acordo com a policial, Eduardo falou que Jezi morreu após bater a cabeça no batente da porta, em decorrência de uma discussão. “Há controvérsia entre as versões deles. Muitas coisas que eles disseram caíram por terra com a simulação e eles não conseguiram reproduzir o que disseram. Ele está se atendo à versão inicial dele, com briga e queda. Não é plausível”, falou a delegada na última quarta.

Por causa das controvérsias, Eduardo e Ieda foram colocados frente a frente para uma acareação. A polícia não quis detalhar o processo da reconstituição, se limitando a dizer que aguarda o laudo da perícia, que ainda não tem data para ficar pronto.

Enquanto aguardava o início da reconstituição, o advogado da família, Robson Lopes de Souza, disse que esperava Justiça no caso. "O que se busca com a reconstituição é dar validade ou não ao que foi dito na delegacia. Que a Justiça seja feita. Eles vão pagar pelo que cometeram", afirmou. 

Publicitário é hostilizado em reconstituição de morte de zelador:

O defensor alegou que não acha impossível que os dois tenham participado de outro crime. Após a descoberta da morte do zelador, foi levantada a hipótese de que Ieda e Eduardo tivessem envolvimento na morte do ex-companheiro dela. O crime ocorreu no Rio de Janeiro em 2005. "Uma tragédia pode abrir as portas para que esse outro caso seja esclarecido. Existe uma grande expectativa em fazer uma junção dos casos", disse Robson, que também é primo de Jezi. 

Entre São Paulo e Praia Grande

Na sexta-feira (30 de maio), por volta das 16h, Jezi foi ao apartamento do publicitário, no prédio aonde trabalhava como zelador, na zona norte de São Paulo, entregar a correspondência - como mostram imagens de câmeras de segurança do edifício.

Eles teriam discutido por "coisas banais, coisas de condomínio", relatou o delegado da 4ª Delegacia Seccional de São Paulo, Ismael Rodrigues. Eduardo desconfiava que o zelador furtava seus jornais, além de ter um atrito por uma questão da garagem. Após discutirem, os dois teriam entrado em luta corporal, quando, segundo o suspeito contou à polícia, a vítima caiu, bateu a cabeça no batente da porta e morreu.

A filha de Jezi, Sheyla Viana de Souza, 27 anos, relatou que uma moradora lhe contou "ter ouvido gritos de discussão, pedindo para parar e, ao olhar pelo olho mágico do apartamento, teria visto o morador (Eduardo) fechando a porta."

No sábado, o publicitário teria colocado o corpo em malas dentro do porta-malas do carro e ido para Praia Grande, na casa do pai - que, segundo a polícia, provavelmente não sabia do crime -, onde deixou o corpo. Em seguida, ele retornou para seu apartamento em São Paulo. A polícia ouviu informalmente Eduardo neste dia.

No domingo, o suspeito retornou à casa em Praia Grande. Usando um serrote, ele esquartejou o corpo do zelador, antes de retornar novamente a São Paulo. Na segunda-feira, quando os policiais civis entraram na casa no litoral paulista, Eduardo estava ao lado de uma churrasqueira, de sunga, incinerando partes do corpo da vítima.

Fonte: Terra
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