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Polícia

Michelle Bolsonaro receberá título de cidadã paulistana em cerimônia no Theatro Municipal

Geralmente, a solenidade é feita na própria Câmara Municipal, porém, as salas do plenário que comportariam o número de convidados não estarão disponíveis no dia

14 mar 2024 - 18h24
(atualizado em 15/3/2024 às 01h06)
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A ex-primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, receberá o título honorário de cidadã paulistana em uma cerimônia sediada no Theatro Municipal, no dia 25 de março. O vereador Rinaldi Digilio (União Brasil) foi autor da proposta,  aprovada pela Câmara Municipal em novembro de 2023.

Michelle Bolsonaro participa de ato na Avenida Paulista
Michelle Bolsonaro participa de ato na Avenida Paulista
Foto: Divulgação / Perfil Brasil

Geralmente, a solenidade acontece na própria Câmara. Porém, as salas do plenário que comportariam o número de convidados não estarão disponíveis no dia. "É comum que as sessões solenes ocorram fora da Câmara quando não há plenário disponível ou auditório que comporte o número de convidados em data específica. Esse é o caso do evento agendado para o dia 25 de março, pois tanto o Plenário quanto o Salão Nobre já tinham atividades previamente agendadas", explicou a Câmara, em nota.

Para justificar seu pedido, por fim, Digilio afirmou que "Michelle é engajada em políticas sociais, com atenção especial para as doenças raras". A ex-primeira-dama ainda não se pronunciou.

"Ultrajante"

A decisão da prefeitura não caiu bem com os partidos de esquerda. A deputada Erika Hilton (PSOL) entrou com uma ação para impugnar a medida, chamando-a de "ultrajante". "Enquanto as UBSs de São Paulo estão sobrecarregadas durante uma epidemia de dengue, o Prefeio (sic) gastará o dinheiro dos nossos impostos pra homenagear uma pessoa investigada pela PF por desvio de bens públicos", disse Hilton em suas redes sociais.

Erika não foi a única. Os vereadores Celso Giannazi, Carlos Giannazi e Luciene Cavalcante também protocolaram um pedido contra a solenidade. Eles afirmam, portanto, que trata-se de apropriação de um "bem público" por parte do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para "beneficiar-se eleitoralmente".

"Perseguição", diz Nunes

"O Theatro Municipal tem cessão do espaço vago para várias atividades. Já foi cedido para a OAB, Ministério Público, instituição do funk, enfim, várias atividades", afirmou o prefeito, que considera as ações do PSOL "perseguição". "É porque ela é esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro", disparou.

Ricardo Nunes também constatou que o processo ocorreu nos conformes da lei, que precisa de 37 votos favoráveis, dos 55 vereadores, para passar a solicitação de cidadania honorária. "Quem fez a homenagem é a casa do povo, câmara de vereadores de São Paulo", disse.

Perfil Brasil
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