Lincoln Gakiya diz receber quase todo mês ameaças de morte
Em entrevista à GloboNews, promotor diz que plano contra ele e Moro veio de 'departamento de homicídios' do PCC
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O promotor Lincoln Gakiya, do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente, disse que o plano para matar ele, o senador Sérgio Moro e outras autoridades foi identificado através do depoimento de uma testemunha em investigações feitas no fim de janeiro.
Nesta quarta-feira, 22, a PF deflagrou uma operação para prender os responsáveis pelo plano. Em entrevista à coluna de Julia Duailibi, da Globo News, Gakiya informou que a ação foi articulada dentro de um suposto "departamento de homicídios" do PCC, que se referia a Moro pelo codinome "Tóquio".
O promotor disse que não se surpreendeu com a ação criminosa. Ele relatou à coluna que, desde que removeu Marcola, líder da facção, para o presídio federal, a vida dele "virou de cabeça para baixo", e que mensalmente fica sabendo de planos sobre sua morte. Gakiya investiga a organização criminosa há 18 anos.
Já o plano para sequestrar ou matar Moro, de acordo com Gakiya, teria surgido em um depoimento colhido pelo Ministério Público. O senador era ministro da Justiça quando houve a ordem de transferência do líder da facção para o presídio federal.
Lincoln explicou que as lideranças da facção estavam incomodadas com o fim da visita íntima nos presídios federais, e que essa seria a motivação para colocar Moro como alvo, já que a decisão parte de uma portaria no sistema federal.
A Polícia Federal e a polícia legislativa do Senado foram acionadas pelo promotor, e as investigações começaram em janeiro. O setor da facção responsável pelo plano é chamado de “setor de sintonia restrita”, conhecido como “departamento de homicídios e atentados”, segundo Gakiya relato à coluna.
Licoln diz que a organização criminosa aluga casas e até chácara, e que ele também é um dos alvos. Apesar disso, se surpreendeu ao saber que Moro também estava entre os ameaçados.
