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Polícia

Julgamento de PMs acusados de matar PC Farias é retomado em Maceió

7 mai 2013 - 08h54
(atualizado em 9/5/2013 às 10h03)
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<p>Milane Valente de Melo, que era namorada do irmão de PC Farias na época do crime, testemunha em júri</p>
Milane Valente de Melo, que era namorada do irmão de PC Farias na época do crime, testemunha em júri
Foto: Itawi Albuquerque / Futura Press

Foi retomado na manhã desta terça-feira, em Maceió (AL), o julgamento dos quatro policiais militares acusados de envolvimento nos assassinatos do empresário Paulo César Farias - conhecido como PC Farias - e da namorada dele, Suzana Marcolino, ocorridos em 1996. O júri, que começou na segunda-feira, reiniciou por volta das 8h45.

Quatro testemunhas devem depor nesta terça-feira - três de acusação e uma de defesa. As testemunhas de acusação são Augusto César Cavalcante Farias, irmão de PC Farias, Milane Valente de Melo, que era namorada de Augusto na época do crime, e Manoel Alfredo da Silva, que trabalhava como vigila da casa de praia onde aconteceu o duplo homicídio. A testemunha de defesa é Cláudia Dantas Buarque de Holanda, arrolada pelos advogados de Adeildo Costa dos Santos. 

A primeira pessoa a responder às perguntas da Promotoria e da defesa foi Milane de Melo. O depoimento dela acabou antes das 10h, e a segunda testemunha a falar foi Manoel Alfredo da Silva. O vigilante depôs por cerca de 20 minutos.

Os réus José Geraldo da Silva, Reinaldo Correia de Lima Filho, Adeildo Costa dos Santos e Josemar Faustino dos Santos
Os réus José Geraldo da Silva, Reinaldo Correia de Lima Filho, Adeildo Costa dos Santos e Josemar Faustino dos Santos
Foto: Itawi Albuquerque / Futura Press

Os ex-seguranças Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva respondem por homicídio qualificado por omissão. As mortes ocorreram em uma casa de veraneio na praia de Guaxuma, na capital alagoana. PC Farias, como era conhecido o empresário, ganhou notoriedade após assumir a função de tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Ontem, duas das 27 testemunhas foram ouvidas no fórum - o servente Leonino Tenório de Carvalho e o garçom Genival da Silva França, que trabalhavam para PC Farias. O Ministério Público acredita que os depoimentos deverão durar, pelo menos, dois dias. Na sequência, os peritos serão interrogados e, por último, sentarão no banco dos réus os acusados.

Os crimes

Paulo César Farias e Suzana Marcolino foram assassinados na madrugada do dia 23 de junho de 1996, em uma casa de praia em Guaxuma. À época, o empresário respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Ele era acusado dos crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte de PC Farias chegou a ser investigada como queima de arquivo, já que a polícia suspeitou que o ex-tesoureiro poderia revelar nomes de outras pessoas que teriam participação nos mesmos ilícitos.

Entretanto, a primeira versão do caso, que foi apresentada pelo delegado Cícero Torres e pelo legista Badan Palhares, apontou para crime passional. Suzana teria assassinado o namorado e, na sequência, tirado a própria vida. A versão foi contestada pelo médico George Sanguinetti, que descartou tal possibilidade e, mais tarde, novamente questionada por uma equipe de peritos convocados para atuar no caso. Os profissionais forneceram à polícia um contralaudo que comprovaria a impossibilidade, de acordo com a posição dos projéteis, da tese de homicídio seguido de suicídio.

Fonte: Terra
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