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Polícia

Governo baiano realiza balanço da greve na manhã de segunda

12 fev 2012 - 18h53
(atualizado às 21h01)
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Hermano Freitas
Direto de Salvador

O governo da Bahia realiza na manhã desta segunda-feira um balanço dos 12 dias de greve da Polícia Militar na sede administrativa do Estado. Segundo a Secretaria de Comunicação, o governador Jaques Wagner detalhará os investimentos do governo do Estado no Carnaval e de toda a logística operacional. Neste domingo, turistas e cidadãos baianos lotaram as praias numa demonstração de que a normalidade voltou à capital baiana após o fim da paralisação.

Segundo o capitão, até a próxima quarta-feira, o comando da PM realiza a apresentação do planejamento de segurança para o Carnaval de Salvador e outras cidades do Estado
Segundo o capitão, até a próxima quarta-feira, o comando da PM realiza a apresentação do planejamento de segurança para o Carnaval de Salvador e outras cidades do Estado
Foto: Fernando Borges / Terra

Apesar da volta dos policiais às ruas, homens do Exército ainda foram vistos em maior número que PMs dando apoio nos principais pontos turísticos e na orla. Turistas que haviam cancelado a vinda a Salvador por conta da incerteza causada pela falta de policiamento se sentiram mais seguros neste domingo.

Foi o caso do turista capixaba Leonardo Polese. Ele teve um prejuízo de R$ 200 por transferir a passagem de Vitória para Salvador, onde veio visitar a namorada, Juliana Lima. "Ontem fui ao show do Chiclete com Banana e tudo foi tranquilo", declarou. Moradora de Salvador, a mineira Juliana é realista sobre a aparente calma após a retomada do policiamento. "Independente de greve, a cidade é sempre muito violenta", disse.

SSP: 180 foram mortos durante a greve
Durante os 12 dias de greve da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou 180 homicídios na capital baiana. Este número começou a ser calculado no dia 31 de janeiro - data de início do movimento paredista - e deixou de ser contabilizado às 21h do sábado, quando os policiais decidiram pelo fim da greve.

Além dos homicídios, a quantidade de carros assaltados também foi alarmante. Segundo a SSP, 402 veículos foram assaltados, em Salvador, durante os 12 dias de paralisação. Apesar do fim da greve, vários veículos do Exército e soldados das Forças Armadas - que reforçaram a segurança durante esse período - ainda podiam ser vistos na manhã deste domingo pelas ruas de Salvador.

Proposta

O movimento foi encerrado no sábado, quando os grevistas aceitaram a proposta de 6,5%, retroativa a janeiro passado, feita pelo governo. Também foi aceita a proposta do pagamento da GAP - Gratificação por Atividade Policial - a partir de novembro próximo. Segundo o comando geral da PM, 100% do efetivo da polícia já se encontra em atividade.

A greve

A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.

A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.

Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.

Com informações da agência A Tarde.

Fonte: Terra
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