PUBLICIDADE

Polícia

GO: polícia acredita que padrasto matou enteada com dinamite

18 dez 2013 - 20h25
(atualizado às 20h30)
Compartilhar
Exibir comentários
Loanne Rodrigues da Silva Costa e o padrasto Joaquim Lourenço da Luz foram encontrados mortos, amarrados em uma árvore, em Pirenópolis (GO) na terça-feira
Loanne Rodrigues da Silva Costa e o padrasto Joaquim Lourenço da Luz foram encontrados mortos, amarrados em uma árvore, em Pirenópolis (GO) na terça-feira
Foto: Facebook / Reprodução

A hipótese de crime passional premeditado se tornou a linha de investigação principal para elucidar as mortes da estudante de Enfermagem Loanne Rodrigues da Silva Costa, 19 anos, e de seu padrasto, Joaquim Lourenço da Luz, 47 anos, encontrados na terça-feira mortos e acorrentados pelos pés a uma árvore no Morro do Frota, em Pirenópolis (GO). O corpo de Joaquim, acorrentado a árvore pelo pé, estava sobre o de Loanne, amarrado a árvore com uma corda. Os dois corpos apresentavam, segundo exame da perícia, lacerações no tórax provocadas por explosão de dinamite. 

Segundo Alessandro Curado, um dos agentes da Polícia Civil que investigam o caso, uma faca foi encontrada na cena do crime. “Pode ter sido usada para forçar Loanne a alguma coisa”, acredita o policial. 

De acordo com o agente, testemunhas apontam que Joaquim tinha ciúmes da vítima. “Já ouvimos amigos, colegas de trabalho e outras pessoas e 90% - incluindo a mãe da moça - disseram que ele mostrava um ciúme doentio por ela. E que não permitia que ela namorasse”, disse. 

Outros indícios confirmariam que possivelmente houve crime passional - assassinato e suicídio - e que o padrasto já arquitetara o crime há algum tempo. Segundo o agente, os materiais encontrados próximos aos corpos, e que teriam sido utilizados para matar os dois, podem ser também encontrados no trabalho de Joaquim, que gerenciava uma pedreira. “A corda, a corrente e a dinamite eram do Joaquim. Em depoimento, a mãe confirmou que ele guardava dinamite em casa e que ela não estava mais lá”, disse o agente Alessandro Curado.

Segundo relato do filho de Joaquim, o suspeito estava muito perturbado nos últimos dias e apresentava um comportamento obsessivo em relação à enteada. “Ele chegou a perguntar na empresa se suicídio era coberto pelo seguro de vida que tinha”, contou ao Terra o agente Curado. A Polícia Civil ainda apura se uma agressão com uma paulada sofrida pela jovem há dois anos teria sido provocada por Joaquim. “Foi dentro da casa da família, mas as circunstâncias não foram de todo esclarecidas”, disse.

Os corpos de Loanne e Joaquim foram enterrados nesta quarta-feira pela manhã em Pirenópolis. Os dois estavam desaparecidos desde segunda-feira, após irem até o Morro do Frota, uma  das muitas reservas ambientais da região. O objetivo do passeio era tirar fotos. "Em depoimento, a mãe da vítima disse que a moça não queria ir ao passeio, mas ela mesma a estimulou a seguir, por causa da beleza do lugar", disse o agente Alessandro Curado. Após ser informado do sumiço dos dois, o Corpo de Bombeiros começou a procurá-los, com muita dificuldade, por causa da chuva intensa. Uma pessoa que passava pelo local encontrou os corpos e avisou as autoridades.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade