Criador do museu Inhotim é condenado por lavagem de dinheiro
Empresário terá que cumprir 9 anos e 3 meses de prisão
O empresário Bernardo de Mello Paz, idealizador do museu Inhotim nos anos 1980, foi condenado a nove anos e três meses de prisão por lavagem de dinheiro, informou o Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais nesta quinta-feira (16).
A decisão da juíza federal Camila Franco e Silva Velano foi publicada em setembro, mas divulgada apenas ontem.De acordo com a denúncia, entre 2007 e 2008, o empresário e sua irmã, Maria Virginia de Mello Paz, foram responsáveis por fazer movimentações financeiras de empresas das quais são sócios. Maria Virginia foi condenada a cinco anos e três meses em regime semiaberto. A defesa dos irmãos nega as acusações e já recorreu da sentença.
Segundo a Procuradoria, eles praticaram lavagem de ativos de suas empresas, escondendo a origem e a natureza de recursos provenientes de sonegação de contribuições previdenciárias.
Entre as companhias está a Horizontes Ltda, criada com o intuito de manter o Instituto Inhotim por meio de doações de outras empresas.
Na época, Mello Paz era proprietário do conglomerado Itaminas, que inclui 29 empresas, sendo a maioria na área de mineração e siderurgia. A Horizontes chegou a repassar US$95 milhões doados ao instituto a outras empresas de Bernardo de Mello Paz.
O museu de Inhotim é considerado um dos maiores centros de arte contemporânea e ao ar livre da América Latina. O acervo foi construído em uma fazenda de Paz em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.
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