Contrabando de Mounjaro: PF apreende mais de R$ 2 mi em canetas emagrecedoras nos aeroportos do País
Nesta terça-feira, 15, a Receita Federal flagrou um passageiro transportando o equivalente a R$ 1 milhão do medicamento sem autorização
O Mounjaro, usado para tratar diabetes, despertou a curiosidade dos brasileiros pela promessa de emagrecimento. No entanto, diferente do Ozempic, a comercialização do medicamento é proibida no Brasil. Apenas no último mês, a Polícia Federal (PF) interceptou o contrabando de mais de R$ 2 milhões em canetas emagrecedoras nos aeroportos do País.
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O caso mais recente ocorreu nesta terça-feira, 15, em São Paulo. Um passageiro vindo de Londres, no Reino Unido, foi pego com 100 canetas de Mounjaro ao chegar no Aeroporto de Guarulhos. O carregamento representa mais de R$ 1 milhão em remédios.
Os medicamentos, que estavam escondidos em caixas de brinquedos, chocolates e biscoitos, foram apreendidos pela PF. Ao ser questionado, o brasileiro informou às autoridades que pretendia vender o Mounjaro ilegalmente no mercado nacional.
O mesmo aconteceu no domingo, 13, no Aeroporto Internacional do Recife. Outro contrabando milionário das canetas emagrecedoras foi desmobilizado quando a Receita apreendeu 389 canetas do medicamento, avaliadas em aproximadamente R$ 1 milhão. Assim como o viajante de Guarulhos, o passageiro também vinha do Reino Unido.
Outro caso também foi registrado em 26 de março, mas só veio à tona neste domingo, 13, após as imagens do flagra serem exibidas no Fantástico, da TV Globo.
Durante uma fiscalização de rotina no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, a Receita Federal identificou duas passageiras carregando 208 canetas de Mounjaro por baixo das roupas.
As brasileiras estavam recém-chegadas de Madri, na Espanha, e pretendiam expor o material para venda informal. O carregamento foi avaliado em R$ 1,3 milhão, de acordo com a Receita Federal.
Mounjaro chega ao Brasil em breve
O Mounjaro (tirzepatida) é considerado o concorrente direto dos já famosos Ozempic e Wegovy, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. Assim como os outros dois, o medicamento da Eli Lilly também é usado no tratamento de diabetes, mas vem sendo associado ao emagrecimento.
Por enquanto, a comercialização de Mounjaro é proibida no Brasil. No entanto, a farmacêutica garante que as canetas devem chegar ao mercado nacional ainda em junho deste ano.
A entrada acontece quase dois anos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso do remédio para diabetes tipo 2 no país, em setembro de 2023.