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Polícia

Bairros de classe média de SP abrigam 'cracolândias privês'

8 jan 2012 - 08h16
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Em um espaço do tamanho de uma Kombi, seis homens dividiam por volta das 16h de uma sexta-feira, três cachimbos de crack feitos com antenas de TV e latinhas de alumínio. O ambiente poderia ser uma rua da Cracolândia, na região central de São Paulo, mas trata-se do interior de um apartamento de classe média na Bela Vista, a poucas quadras de um dos mais famosos corredores gastronômicos da capital, a rua Avanhandava. Usuários de crack alugam a sala, o quarto e a cozinha do local com o único propósito de fumar a droga. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Com três celulares no bolso, um senhor aparentando ter 60 anos, era o responsável pela venda das pedras a R$ 10 cada e também pelo aluguel do imóvel, mais R$ 10. Antes mesmo da operação da Polícia Militar, que cercou a Cracolândia na semana passada, o jornal percorreu, nos últimos seis meses, bairros como Vila Mariana, Bixiga, Paraíso, Penha e Bela Vista. Nesses locais, foram encontradas casas e apartamentos onde funciona um esquema até então desconhecido das autoridades, as "cracolândias privês". O serviço é extremamente lucrativo e seguro para o criminoso. Para o usuário, a maioria homens de classes baixa e média, com idades entre 18 e 35 anos, é algo discreto. Nesses ambientes, eles conseguem fugir dos olhares de reprovação de moradores e também do controle policial.

Construção poderia desabar
Construção poderia desabar
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Fonte: Terra
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