PUBLICIDADE

PF pede mais 30 dias para concluir inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro

29 mai 2020 - 19h05
Compartilhar
Exibir comentários

A Polícia Federal pediu mais 30 dias de prazo para concluir as investigações do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao supostamente tentar, segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, interferir no comando da corporação, segundo despacho do relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello.

Presidente Jair Bolsonaro
REUTERS/Adriano Machado
29/05/2020
Presidente Jair Bolsonaro REUTERS/Adriano Machado 29/05/2020
Foto: Reuters

Antes de decidir sobre o pedido da PF, o ministro do STF pediu manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras, que será o responsável por decidir se, ao fim das apurações, denuncia o presidente ou arquiva o caso.

"Trata-se de pedido formulado pela excelentíssima senhora chefe do Serviço de Inquéritos da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (SINQ/DICOR), dra. Christiane Correa Machado, que requer, com apoio em fundamentadas razões , dilação de prazo (30 dias) para conclusão da presente investigação criminal", disse Celso de Mello.

"Ouça-se, previamente, o eminente senhor procurador-geral da República, em sua condição de 'dominus litis' (titular da ação)", completou.

O inquérito foi aberto em abril, após as acusações feitas por Moro ao pedir demissão do cargo. Até o momento, uma série de depoimentos foi tomada e também tornado público um vídeo, por determinação de Celso de Mello, de uma reunião ministerial do dia 22 do mês passado, em que Moro disse ter sido ameaçado por Bolsonaro de demissão diante da pressão por troca na PF. O presidente nega as acusações e disse que se referia à sua segurança pessoal.

A expectativa, segundo uma fonte relatou à Reuters, é que Bolsonaro seja interrogado por escrito no inquérito ao fim das investigações.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade