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Morre ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos em São Paulo

20 nov 2014 - 13h56
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(Atualiza com declarações da presidente Dilma Rousseff)

São Paulo, 20 nov (EFE). - O ex-ministro de Justiça Márcio Thomaz Bastos morreu nesta quinta-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, aos 79 anos, como consequência de complicações em um tratamento de descompensação de fibrose pulmonar, informaram seus familiares.

Bastos, que foi ministro entre 2003 e 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi internado na terça-feira passada e morreu nesta madrugada.

Em comunicado, a presidente Dilma Rousseff, qualificou Bastos como "um grande brasileiro".

"O país perdeu um grande homem, o Direito brasileiro perdeu um renomado advogado e eu perdi um grande amigo", disse ela na nota.

A presidente destacou que como ministro, Bastos "foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento".

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), ele participou de julgamentos emblemáticos da história brasileira, como o do assassino do líder seringueiro Chico Mendes. Como advogado de defesa, no entanto, Bastos atuou no processo do mensalão, além de defender o médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por estuprar 37 pacientes.

Atualmente, seu escritório prepara a defesa de alguns executivos de construtoras investigadas no processo de corrupção da Petrobras. Segundo o hospital, o jurista recebeu na terça-feira, sem autorização médica, representantes dessas empresas em seu quarto.

Militante do PT, o advogado elaborou em 1992 junto a seu colega Evandro Lins e Silva a redação da redação da petição que resultou no impeachment de Collor.

Como ativista, Bastos fundou ao lado de líderes sociais e religiosos o movimento Ação pela Cidadania e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.

EFE   
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