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Filho de um dos maiores fornecedores do Estado é preso no Rio

Vinícius Peixoto e o pai, Mário Peixoto, são acusados de cometer crimes em conjunto e se beneficiavam de contratos com a Saúde do Rio

22 jun 2020 - 22h21
(atualizado em 23/6/2020 às 07h48)
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A Justiça do Rio de Janeiro

Pai e filho em uma viagem no ano de 2015
Pai e filho em uma viagem no ano de 2015
Foto: Reprodução

 determinou a prisão do filho de um dos maiores fornecedores do Estado e a de um importante ex-prestador de serviços que vive há anos nos Estados Unidos, informou a justiça federal nessa segunda feira, 23.

Vinicius Peixoto foi preso em um desdobramento da operação Favorito, que no mês passado levou à cadeia o pai dele, o empresário Mário Peixoto. Ele é considerado um grande fornecedor do Estado desde à época do ex-governador Sérgio Cabral. O filho, está inicialmente preso em casa por ter contraído covid-19, mas depois será levado para o sistema prisional.

Segundo o juiz Marcelo Bretas, titular da força-tarefa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, pai e filho foram beneficiados em contratos com a Secretaria da Saúde do Estado e cometeram crimes em conjunto.

"Mario Peixoto, juntamente com seu filho Vinicius Peixoto, em tese, se utilizavam de seus familiares e pessoas interpostas para receber valores com as contratações efetuadas pela OS IDR (gerida pelo próprio Mario) no âmbito da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. Para tanto, detinham o controle de inúmeras pessoas jurídicas; essas muitas vezes utilizadas para dissimulação e ocultação de capital, bem como para o pagamento, em tese, de propina aos agentes públicos responsáveis por fiscalizar e contratar as organizações sociais" , declarou o magistrado na decisão ao citar que pai e filho também ocultaram recursos ilegais em off shores.

Segundo Bretas, a família Peixoto tinha ligação com outro grande fornecedor do Estado, Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur". Ele está foragido há anos nos Estados Unidos mas autoridades locais não conseguem a extradição. Rei Arthur teve a prisão mais uma vez decretada, dessa vez na âmbito da operação Favorito.

"Mesmo foragido da Justiça brasileira, continua operando no âmbito da organização criminosa... Arthur teve participação fundamental nos ilícitos perpetrados por Mário Peixoto", disse o magistrado que pediu a inclusão de Arthur Soares na lista de procurados da Interpol.

Desde o início da pandemia, polícia e Ministério Público já realizaram ao menos 5 operações para investigar supostas fraudes nas compras da pasta da saúde do Rio.

A Reuters não conseguiu contato com a defesa de Vinícius Peixoto.

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