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Governo anuncia pacote para injetar R$147 bi na economia

Medida é uma tentativa de amenizar o impacto do coronavírus

17 mar 2020 - 07h46
(atualizado às 07h55)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira (17) um pacote de medidas emergenciais que visa injetar até R$147,3 bilhões na economia do país nos próximos três meses, na tentativa de amenizar o impacto do novo coronavírus.

Ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou medidas para tentar amenizar impacto do coronavírus
Ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou medidas para tentar amenizar impacto do coronavírus
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

De acordo com o ministro do governo de Jair Bolsonaro, a maior parte dos recursos será disponibilizado de remanejamentos, de linhas de crédito e de antecipações de gastos, sem comprometer o espaço fiscal no Orçamento.

Entre as medidas, estão a liberação de saques dos FGTS, a antecipação do 13º do INSS, e a suspensão por três meses do pagamento de alguns impostos. "Estamos fazendo um programa emergencial que no total tem quase R$150 bilhões de recursos injetados em três meses", afirmou.

Durante apresentação do pacote, Guedes explicou que até R$ 83,4 bilhões serão destinados a ações para a população mais vulnerável. Já R$ 59,4 bilhões dos recursos vão para a manutenção de empregos, enquanto que pelo menos R$ 4,5 bilhões serão disponibilizados para o combate direto à pandemia.

"Vamos cuidar dos mais idosos. Já anunciamos os R$ 23 bi para entrar em abril e mais R$ 23 bi para maio (sobre antecipação para aposentados e pensionistas do INSS) e antecipar abonos para junho (R$ 12 bi)", acrescentou.

No total, 19 propostas em tramitação no Congresso Nacional foram definidas como prioridade, incluindo a Proposta de Emenda à Constituição do Pacto Federativo, que descentraliza recursos da União para estados e municípios, e a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização de Eletrobras, que renderá R$ 16 bilhões ao governo neste ano.

A última proposta, por sua vez, é o Plano de Equilíbrio Fiscal, programa de socorro a estados pouco endividados, mas com dificuldades financeiras por causa do comprometimento dos orçamentos locais com servidores.

Além disso, o governo tem como objetivo reforçar o Bolsa Família, com a destinação de até R$ 3,1 bilhões para incluir mais de 1 milhão de pessoas no programa. Os recursos virão de remanejamentos do Orçamento a serem discutidos com o Congresso.

O anúncio feito por Guedes foi comentado pelo presidente em sua conta no Twitter. "Visando combater os impactos causados pelo novo coronavírus, anunciamos a liberação de até R$ 147,3 bilhões, que serão destinados ao atendimento aos mais vulneráveis, à manutenção de empregos, reforços na saúde, entre outras ações", escreveu Bolsonaro.

Empregos -

No pacote de manutenção dos empregos, o governo pretende permitir a isenção, por três meses, das contribuições dos empresários para o FGTS (R$ 30 bilhões) e da parte da União no Simples Nacional (R$ 22,2 bilhões).

O dinheiro deixará de ser pago por 90 dias, mas o valor será ressarcido em prazo ainda não definido. No caso do FGTS, a equipe econômica informou que as contribuições em atraso poderão ser quitadas somente em 2021.

Outra medida consiste na redução em 50% das contribuições para o Sistema S (que inclui o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai; Serviço Social do Comércio - Sesc; Serviço Social da Indústria- Sesi; e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio- Senac) por três meses, num total de R$ 2,2 bilhões.

O Programa de Geração de Renda (Proger), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) reforçará o crédito a micro e pequenas empresas em R$ 5 bilhões. O governo também pretende simplificar as exigências para a contratação de crédito e a dispensa de Certidão Negativa de Débito na renegociação de crédito e facilitar o desembaraço (liberação na alfândega) de insumos e matérias primas industriais importadas antes do desembarque.

Combate à pandemia -

Nas ações diretas de combate à pandemia de coronavírus, o governo pretende destinar R$ 4,5 bilhões do fundo do DPVAT para o Sistema Único de Saúde (SUS). O dinheiro se somará aos R$ 5 bilhões de emendas parlamentares remanejadas para o SUS, liberado por medida provisória assinada no fim da semana passada.

O governo também reduzirá a zero as alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar até o fim do ano, desonerar temporariamente de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens importados e bens produzidos internamente usados no combate ao Covid-19.

As medidas, explicou o Ministério da Economia, se somam à suspensão da prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias, à preferência tarifária e à prioridade no desembaraço de produtos de uso médico-hospitalar. (ANSA - Com informações da Agência Brasil)

Ansa - Brasil   
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