SP: em Itaóca, rio que transbordou com chuva é desobstruído
14 jan2014 - 21h56
(atualizado às 22h14)
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O curso do rio Palmital foi desobstruído por volta das 18h desta terça-feira permitindo a vazão da água que ficou represada na ponte no centro da cidade de Itaóca (SP), após a enxurrada no último domingo (12). Segundo o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Aurélio Alves Pinto, essa era a principal meta de trabalho para hoje.
"Nosso objetivo era liberar o fluxo de água, porque, caso venha a chover novamente, a água vai passar de maneira tranquila. Era uma preocupação com o que ainda poderia acontecer", explicou. Ele estimou, no entanto, que o entulho acumulado no rio deverá demorar, ao menos, uma semana para ser retirado.
De acordo com o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve no local durante a manhã, a ponte sobre o rio Palmital, que passa pelo município, foi a principal causadora da enchente: seus pilares obstruíram a passagem de galhos, árvores e entulho que a água da enxurrada trouxe da serra. Sem ter por onde prosseguir seu curso, o rio transbordou e atingiu as casas da cidade. No último balanço divulgado pela Defesa Civil, subiu para 12 mortos e o número de desaparecidos chega a oito.
Segundo o Corpo de Bombeiros, uma das vítimas, levada pela enxurrada, foi encontrada no município de Iporanga, cerca de 80 quilômetros de Itaóca. Os corpos estão sendo levados para um galpão da prefeitura onde são identificados e, após análise do Instituto Médico-Legal (IML), são liberados para as famílias. Três corpos foram encaminhados para o IML da cidade vizinha de Itapeva, e ainda não foram reconhecidos.
Para o capitão do Corpo de Bombeiros, Paulo Monteiro Filho, é difícil encontrar sobreviventes entre os que foram levados pela enxurrada. "A gente trabalha com estatística. Em uma ocorrência desse tipo, às vezes, o desaparecimento é porque a pessoa estava viajando. Mas (caso tenham sido levadas pela correnteza do rio), pela rapidez com que a água subiu, e pela velocidade do curso, é difícil que haja sobreviventes. Mas temos que ter esperança", disse.
A Defesa Civil aponta que 19 casas foram destruídas totalmente. A maior parte das famílias desabrigadas, que no total somam 83, foi para casa de parentes e amigos. Apenas três famílias estão em escolas da prefeitura. Cerca de 80% da cidade já teve a energia restabelecida, mas o fornecimento de água ainda está sendo feito, em maior parte, por meio de caminhões-pipa.
As ruas do centro de Itaóca ainda estão tomadas pela lama, dois dias depois da tragédia. Todas as atividades na cidade, tanto comerciais quanto o serviço público, foram suspensas.
Apesar da situação desoladora, os moradores têm procurado ajudar uns aos outros. "As pessoas estão se ajudando muito. Como a cidade tem pouca gente, todo mundo sabe de alguém que se foi com a chuva, é muito triste", relatou a funcionária pública Adele Amaro, 38 anos, que está ajudando a organizar as doações para os desabrigados.
A cidade de Itaóca foi devastada pelo temporal que atingiu o Estado entre domingo e segunda-feira
Foto: Divulgação
O governador Geraldo Alckmin participou da vistoria na cidade na segunda-feira
Foto: Divulgação
Pelo menos 100 casas de Itaóca precisaram ser desocupadas
Foto: Divulgação
Nesta terça, o governador acompanhará os trabalhos de desobstrução do rio Palmital
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A força da água destruiu a parede deste estabelecimento comercial
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Ruas ficaram cheias de lama após as fortes chuvas
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Mais de 100 casas tiveram que ser desocupadas
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Rua no centro da cidade de Itaóca
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeiras, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
A água do rio Palmital sumiu mais de um metro em algumas ruas
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Moradores tentam trafegar pelas ruas cheias de lama
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Casa cheia de lama na cidade de Itaóca
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeiras, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeiras, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Mais uma das ruas interditadas em Itaóca
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeira, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Mais um estabelecimento invadido pela água do rio
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Esta mercearia também ficou bastante danificada após o temporal
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Moradores vagam pelas ruas da cidade atingida
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Muros foram derrubados após a chuva de domingo
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A força da água levantou um carro que estava na garagem
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Muitas árvores foram derrubadas e arrastadas pelo rio
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Árvore caiu e destruiu telhado de casa em Itaóca
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Carro atolado na lama deixada pela água
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Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeira, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeira, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeira, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Chuva castiga cidade de Itaóca, no Vale do Ribeiras, em São Paulo
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Carro danificado após o tempora, em Itaóca
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Carro danificado após o tempora, em Itaóca
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Força da água danificou muitos estabelecimentos
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
Casas foram alagadas em Itaóca
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Móveis foram danificados definitivamente por causa da chuva
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Estabelecimento comercial completamente destruído pela chuva
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O cartório de Itaóca também foi invadido pela água do rio
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Um carro quase caiu dentro do rio após o temporal
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
A cidade de Itaóca foi devastada pelo temporal que atingiu o Estado entre domingo e segunda-feira
Foto: Ivan Edson/Rádio Itaóca / Divulgação
O acesso ao bairro está complicado, porque a rua foi destruída pela força da água. Emaranhados imensos de troncos de árvores e lama bloqueiam a estrada que leva ao vilarejo
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Entre os desaparecidos, o número também é alto, 10 dos 15 são dessa área
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Das 13 mortes já confirmadas, 10 são de moradores da comunidade
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A aproximadamente 3 quilômetros do centro de Itaóca, o bairro do Guarda Mão foi o mais afetado pela enxurrada do último domingo
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
As inundações provocadas pelas chuvas afetaram cerca de 100 imóveis, o que obrigou 332 pessoas, de 83 famílias, a se deslocarem segundo o comunicado de Defesa Civil
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De acordo com a Defesa Civil, foram identificados 11 dos 13 corpos achados, dos quais nove são do sexo feminino e duas no masculino
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Desde o começo da semana, várias equipes de Defesa Civil, da polícia e dos bombeiros estão na cidade para auxiliar os afetados e para buscar os desaparecidos, que podem chegar a uma dezena
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O número de vítimas das chuvas que atingiram domingo e segunda-feira a cidade de Itaóca, no interior de São Paulo, subiu nesta quarta-feira para 13