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SP e mais 6 capitais têm novos protestos contra corrupção

1 jul 2013 - 13h59
(atualizado às 17h02)
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<p>Cerca de 27 mil pessoas haviam confirmado presença por volta das 15h</p>
Cerca de 27 mil pessoas haviam confirmado presença por volta das 15h
Foto: Facebook / Reprodução

Mais uma série de protestos está marcada para a tarde desta segunda-feira em diversas cidades brasileiras. Organizadas principalmente por meio de redes sociais, as manifestações desta segunda-feira têm como principal objetivo cobrar ações contra a corrupção no País.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Na capital paulista, o denominado "1º Grande Ato contra a corrupção + Fora Renan" está marcado para as 17h desta segunda-feira, no Largo da Batata, na zona oeste. Entre as pautas dos manifestantes, está a aprovação imediata do projeto de lei que classifica a corrupção como crime hediondo, do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 130, que acaba com o foro privilegiado para todos os crimes e a PEC 349, que acaba com o voto secreto dos parlamentares.

O grupo também pede a rejeição imediata da PEC Estadual que proíbe o Ministério Público de investigar políticos e a PEC 33, que permite ao Congresso vetar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, os manifestantes pedem pela saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado.

Em Brasília, um grupo deve se concentrar a partir das 16h no Museu Nacional da República. Na página do ato na internet, cerca de 16 mil pessoas confirmaram presença. A Polícia Militar do DF informou que, embora não tenha uma estimativa de quantas pessoas deverão participar do protesto, espera um ato com baixa adesão, a exemplo do que ocorreu no protesto da última quarta-feira, na Esplanada dos Ministérios.

No Rio de Janeiro, o ato de hoje está marcado para as 16h30, quando os manifestantes devem marchar pelas ruas do centro da cidade, partindo da Candelária em direção à Central do Brasil. Entre as reivindicações, divulgadas também em redes sociais, estão o referendo para a reforma política e o afastamento de todos os condenados pela Justiça dos cargos de senador e deputado federal.

Em Porto Alegre, o protesto está marcado para as 18h, em frente à prefeitura.

Também estão previstos protestos em cidades de diferentes regiões do País. No Nordeste, foram convocados protestos em Maceió, onde a concentração deve começar às 15h, na praça Centenário; e em Fortaleza, com ato previsto para as 16h, em frente à Assembleia Legislativa do Ceará. Também haverá protestos em Manaus, onde os manifestantes pretendem acampar em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas; e Foz do Iguaçu (PR), com concentração marcada para as 17h30, no Terminal de Transportes Urbanos, entre outras cidades.

 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Terra
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