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Cidades

RS: sacos de areia são usados para conter avanço do Guaíba

Pelo menos 163 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas, e sete mil pessoas seguem alojadas em abrigos

18 out 2015 - 10h22
(atualizado às 10h22)
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Barricadas de sacos de areia tentam impedir que lago Guaíba invada o centro da Capital
Barricadas de sacos de areia tentam impedir que lago Guaíba invada o centro da Capital
Foto: Bibiana Borba/ Rádio Guaíba

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul não dão trégua e seguem levando preocupação aos gaúchos. Após fechar as comportas do sistema de proteção contra cheias pela primeira vez desde a construção, em 1971, a prefeitura de Porto Alegre precisou usar sacos de areia para conter as águas do Guaíba.

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O chamado Muro da Mauá, construído junto a uma das principais vias que cortam o centro da cidade, teve as 14 comportas de segurança fechadas durante a semana, mas o sistema não foi totalmente eficaz. Com lâminas d'água escapando por baixo dos portões de metal, a prefeitura precisou usar sacos de areia para conter a inundação.

Comportas permitem que água escape por baixo
Comportas permitem que água escape por baixo
Foto: Eduardo Paganella/Rádio Guaíba

O Departamento de Esgotos Pluviais de Porto Alegre garante que a barreira é eficaz e que os sacos de areia apenas foram utilizados pelo fato dos portões não terem vedação. Alguns profissionais da área de engenharia, no entanto, garantem que o sistema é inútil em virtude do princípio dos 'vasos comunicantes', que faria com que a vazão do Guaíba vencesse a barreira do muro através de ralos e esgotos. Por enquanto, o nível do lago está em 2,94 metros, seis centímetros abaixo da marca crítica em que as águas invadem o nível da rua do centro histórico de Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul vem enfrentando uma das piores cheias dos últimos tempos. Pelo menos 163 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas, e sete mil pessoas seguem alojadas em abrigos. Cem cidades foram afetadas pelas chuvas, sendo que 26 já decretaram situação de emergência. A última vez que o lago Guaíba atingiu a marca atual foi em 1941, na maior cheia da história documentada do Estado.

Fonte: Especial para Terra
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