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RJ: após chuvas, governo cria gabinete integrado com prefeituras da Baixada

12 dez 2013 - 16h52
(atualizado às 17h40)
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O governo do Estado anunciou a criação de um gabinete integrado na Baixada Fluminense para lidar com os efeitos do temporal
O governo do Estado anunciou a criação de um gabinete integrado na Baixada Fluminense para lidar com os efeitos do temporal
Foto: Shana Reis / Divulgação

Depois das fortes chuvas que deixaram três mortos e ao menos 8 mil desalojados no Rio de Janeiro, o governo do Estado anunciou a criação de um gabinete integrado na Baixada Fluminense para lidar com os efeitos do temporal. O órgão vai funcionar 24 horas no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no centro da capital fluminense, e contará com representantes das prefeituras da região, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, e secretarias do Estado.

“Sabemos que temos que trabalhar juntos, pois sabemos o que vem por aí”, disse o governador Sérgio Cabral (PMDB), que em sete anos de mandato enfrentou ao menos três grandes desastres relacionados a chuvas: o deslizamento de uma encosta em Angra dos Reis, no Réveillon de 2009 para 2010, o desmoronamento do morro do Bumba em Niterói, em abril de 2010, e a tragédia das chuvas na região serrana, em janeiro de 2011, que terminou com milhares de mortos e um número ainda maior de desabrigados e desalojados. 

Nesta quinta-feira a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) anunciou ainda que os moradores que perderam suas casas em decorrências das fortes chuvas terão direito ao aluguel social. O benefício, no valor de R$ 500, será pago por 12 meses, podendo ser prorrogado caso seja necessário, ou até que as famílias recebam novas moradias.

Para fazer o cadastro do aluguel as famílias precisam apresentar a original e cópia da identidade, CPF, comprovante de residência do imóvel afetado, laudo da Defesa Civil e o sumário social, cadastro realizado pela Secretaria de Assistência Social de cada município.

Em Bom Jesus de Itabapoana, um homem de 24 anos, identificado apenas como Reinaldo, foi encontrado morto e um menino de 12 anos está desaparecido. Segundo a Defesa Civil da cidade, dois carros passavam próximos a um rio que teve a ponte levada pela enxurrada entre os distritos de Calheiros e Rosal na noite de ontem quando foram levados pela correnteza.

Mais cedo, a prefeitura da cidade de Nova Iguaçu, que decretou estado de calamidade pública por conta das chuvas, confirmou a morte do pedreiro Martinho da Silva, 50 anos. Ele havia desaparecido na madrugada de terça para quarta-feira, no bairro Rodilândia, e teve o corpo encontrado no rio Botas, na altura do município de Belford Roxo. Além disso, o corpo de um rapaz de 18 anos foi encontrado em Belford Roxo, segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura da cidade.

As cidades de Nova Iguaçu e Japeri, que ainda se recuperavam do temporal da última quinta-feira, concentram a maior parte dos desalojados e decretaram estado de calamidade pública.

Em Nova Iguaçu, a prefeitura contabilizou até a noite de ontem 200 desabrigados e 900 desalojados nas 26 regiões mais críticas. Sete casas desabaram na cidade na madrugada desta quinta-feira. Segundo a Defesa Civil, as casas, localizadas em uma vila no bairro de Carmari, foram construídas sem estrutura e de forma conjugada. Ao menos quatro delas ficaram totalmente destruídas. As sete famílias que viviam no local foram alocadas nas casas de vizinhos e parentes.

Japeri, Queimados e Mesquita

Em Japeri, o número de desalojados subiu para 5 mil enquanto outras 42 pessoas estão desabrigadas, segundo a administração municipal.

Em Queimados, de acordo com dados da Defesa Civil, 1.987 pessoas estão desalojadas e outras 116 desabrigadas. Já na cidade de Mesquita há, de acordo com o governo do Estado, ao menos 50 moradores desalojados.

Segundo definição do Ministério da Integração Nacional, o grupo de desalojados é formado por pessoas que foram obrigadas a abandonar suas habitações de forma temporária ou definitiva em função de evacuações preventivas. Já os desabrigados são aqueles que tiveram a habitação afetada por dano ou ameaça de dano e que necessitam de novo abrigo fornecido pelo governo.

Fonte: Terra
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