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Quantidade de metanol encontrado em cada garrafa de bebida é 'absurda', diz polícia científica de SP

Segundo o superintendente Claudinei Salomão, alguns recipientes tinham apenas metanol, sem nada de álcool etílico. Ele define o cenário no Estado como 'crise aguda'

10 out 2025 - 13h54
(atualizado às 16h06)
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O superintendente da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, Claudinei Salomão, disse nesta sexta-feira, 10, que a quantidade de metanol encontrada nas bebidas apreendidas em um fábrica clandestina na Grande São Paulo é "absurda". De 300 garrafas, cerca de 50% apresentavam proporção de 10% a 45% de metanol.

"É uma quantidade absurda de metanol. Muito grande", afirmou. "Existem recipientes que só têm metanol. Não tem álcool etílico".

Ainda segundo Salomão, até o momento, 1,8 mil garrafas foram apreendidas em diversos estabelecimentos. "É uma crise aguda, muitos casos de repente. Antes nós tínhamos casos esporádicos relacionados a pessoas em situação de rua", complementou.

Polícia fecha fábrica que adulterava bebidas em São Bernardo do Campo.
Polícia fecha fábrica que adulterava bebidas em São Bernardo do Campo.
Foto: Divulgação/SSP / Estadão

A fábrica e a distribuidora descobertas nesta sexta-feira têm relação direta com pelo menos das mortes registradas no Estado.

Uma pessoa foi presa na operação em São Bernardo do Campo. Segundo os policiais, os donos do estabelecimento afirmaram que adquiriram de uma fábrica irregular. De acordo com a polícia, essa empresa utilizava etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas.

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, os casos de contaminação podem estar relacionados à compra de etanol adulterado no mesmo posto de gasolina ou na mesma rede.

"É uma suspeita, ainda não dá cravar, que eles adquiriram no mesmo posto de gasolina. Se isso for confirmado, é algo muito ruim, mas que nos leva a um caminho, um processo para tranquilizar a população. Essa concentração é muito alta. Pode ser que tenham adquirido no mesmo posto ou na mesma rede", disse o secretário.

O secretário afirmou, no entanto, que ainda não há evidências da capilaridade que levou à distribuição da bebida adulterada em vários pontos do Estado.

A polícia desconfia que o falsificador de bebidas foi adquirir etanol e acabou comprando metanol. "Por isso, nós descartamos a participação do PCC. Essa grande quantidade de metanol pode ter levado a esses casos graves", diz Derrite.

Outros endereços estão sendo vistoriados

Além de São Bernardo do Campo, endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. "Ao todo, oito suspeitos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos", segundo a SSP.

Na operação, a polícia apreendeu garrafas, bebidas, celulares e outros itens para análise. As investigações continuam para identificar os envolvidos e a procedência dos produtos.

Balanço de casos de intoxicação no Brasil

Conforme atualização do Ministério da Saúde feita na quarta-feira, 8, número de pessoas intoxicadas por metanol no País está em 24. São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os únicos Estados do País com casos confirmados de intoxicação pela substância.

Outras 235 ocorrências estão em investigação, a maioria concentrada em São Paulo.

Estadão
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