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Protesto com cerca de 500 pessoas tem confusão no Recife

26 jun 2013 - 22h28
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<p>Jovem ameaça mulher dentro de carro durante protesto no Recife</p>
Jovem ameaça mulher dentro de carro durante protesto no Recife
Foto: Widio Joffre / AImagem / Especial para Terra

Cerca de 500 pessoas participaram dos protestos no Recife nesta quarta-feira, segundo a Polícia Militar de Pernambuco. As manifestaçães, que ainda ocorrem na capital pernambucana, são pacíficas, mas algumas cenas de confusão foram registradas.

A concentração dos manifestantes começou por volta das 14h. De acordo com a PM, três pessoas foram detidas - um rapaz por portar um rojão na mochila e outros dois por jogar pedras em policiais.

Os manifestantes saíram da praça do Derby, na área central do Recife e percorreram a avenida Agamenon Magalhães, uma das principais da cidade. Quando chegaram ao Centro de Convenções, um grupo decidiu retornar ao local de onde partiu enquanto outro seguiu em direção ao centro.

Protestos criticam a Copa e pedem melhores condições de vida pelo País

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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