Polícia investiga desaparecimento de advogada há quase 3 meses em Petrópolis (RJ)
Família da advogada chegou a ser ameaçada, e criminosos pediram bitcoins para libertar a vítima
A Polícia Civil do Rio busca informações sobre o paradeiro de Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, que desapareceu em Petrópolis/RJ há quase três meses após ser informada de que ela havia sido sequestrada. Quatro suspeitos já foram presos.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro busca informações sobre o paradeiro de uma advogada e estudante de Psicologia que desapareceu há quase três meses, em Petrópolis (RJ). A família de Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, foi informada de que ela havia sido sequestrada. Os criminosos pediram bitcoins para libertar a vítima. A informação é de O Globo.
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A vítima foi vista pela última vez no fim da manhã do dia 29 de fevereiro, depois de estacionar seu carro em um shopping de Petrópolis. Usando colete jeans e vestido bege e amarelo, ela desceu do veículo e seguiu em direção a um Jeep Compass preto, que deixou o local levando a advogada.
Segundo a reportagem, o marido dela foi informado do sequestro por volta das 20h do mesmo dia, quando uma pessoa enviou uma mensagem para ele dizendo que Anic estava sob seu poder e que não era para avisar a polícia. Por vários dias, ele recebeu mensagens parecidas, até que uma delas pediu bitcoins para que a estudante fosse libertada.
Em um dos contatos, o criminoso avisou que monitorava o marido da vítima e descreveu as roupas que ele vestia naquele momento e em qual cômodo da casa se encontrava. Por medo, a família só comunicou a polícia no dia 14 de março.
Prisões
Desde que a polícia foi comunicada, quatro pessoas foram presas por supostamente estarem envolvidas no desaparecimento de Anic. Uma delas, inclusive, é um técnico de informática, que é amigo da família. Ele já teria viajado com a advogada e o marido, tinha acesso à rotina da casa e teria instalado um serviço de câmeras de segurança para eles.
O caso é investigado em sigilo pela 105ª DP de Petrópolis e pela Delegacia Antissequestro (DAS). Ainda segundo a reportagem, foi levantada a hipótese de feminicídio, mas foi descartada após cães farejadores buscarem pela vítima em terrenos e nada ser encontrado. Ainda não se sabe se ela está viva.
“Como é possível imaginar, a família está extremamente abalada. Todos estão muito arrasados, sofrendo pela ausência de Anic. São praticamente três meses sem notícias a respeito dela, e a cada dia que passa a dor da família é ampliada pela preocupação sobre o que pode ter acontecido com Anic. Além dessa angústia, estão receosos e com medo, pois, da forma como o desaparecimento ocorreu, o marido e os filhos não sabem o que esperar das pessoas envolvidas. Têm medo do que elas são capazes de fazer”, disse o advogado João Vitor Ramos em um comunicado à reportagem.