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PM usa bombas em protesto contra morte de imigrante senegalês

Morte de vendedor ambulante gerou manifestação no Brás na manhã deste sábado; Agente envolvido foi afastado das atividades, segundo SSP

12 abr 2025 - 22h08
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A morte do vendedor ambulante Ngange Mbaye foi alvo de um protesto na manhã de sábado, 12, e terminou em confronto com a PM no Brás, região central de São Paulo. Os manifestantes protestaram contra a violência policial e o racismo e pediram justiça por Mbaye, foram dispersados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo.

O imigrante senegalês de 34 anos morreu após ser baleado pela Polícia Militar de São Paulo na tarde de sexta-feira, 11, no Brás, região central de São Paulo. Ele foi socorrido e levado à Santa Casa de Misericórdia, mas não sobreviveu.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que um inquérito foi instaurado para investigar o ocorrido e que o agente envolvido foi afastado das atividades operacionais.

Protesto pela morte do senegalês Ngange Mbaye, no Brás (SP)
Protesto pela morte do senegalês Ngange Mbaye, no Brás (SP)
Foto: Reprodução/facebook eduardosuplicy / Estadão

Entre 2023 e 2024, as mortes cometidas por agentes da Polícia Militar em serviço dobraram na cidade de São Paulo, segundo os microdados da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP).

A abordagem que levou à morte do comerciante ocorreu na Avenida Rangel Pestana. Um vídeo divulgado pelo SBT mostra a abordagem de um grupo de policiais para apreender a mercadoria de Mbaye. Ele resiste e é agredido por um policial com um cassetete e usa uma barra de ferro para revidar. Quando tenta fugir com o carrinho, é atingido por um disparo de um dos policiais.

Segundo a SSP, ele teria agredido um policial militar com uma barra de ferro, que foi apreendida, assim como a arma do agente que efetuou o disparo.

A PM acompanhava equipes da prefeitura que fazia uma operação na região contra a venda de mercadorias ilegais e sem venda de nota fiscal. Procurada, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou sobre o ocorrido até o fechamento da reportagem.

A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio, e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Manifestantes e representantes da OAB foram alvo de bombas

O protesto, que teve gritos de "polícia assassina", iniciou por volta das 10h20 e foi encerrado no Largo da Concórdia, por volta das 12h30, após a polícia lançar bombas de gás.

A SSP afirma que "uma pessoa lançou uma garrafa na direção dos policiais militares, que intervieram com gás de efeito moral" e que houve registro de feridos.

Protesto no Brás pela morte do senegalês Ngange Mbaye foi dispersado com bombas de gás pela PM
Protesto no Brás pela morte do senegalês Ngange Mbaye foi dispersado com bombas de gás pela PM
Foto: Reprodução/facebook eduardosuplicy / Estadão

Advogados da Comissão Permanente de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo que acompanhavam o protesto também foram atingidos por bombas de gás disparadas pelos policiais militares.

Em nota, a Comissão afirmou que os integrantes estavam "devidamente identificados" e repudiou os fatos ocorridos durante a manifestação.

Declarou ainda que "acompanhará atentamente os desdobramentos do caso, exigindo que as autoridades competentes tomem as providências necessárias para apurar todos os fatos ocorridos".

Estadão
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