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Paralisação tumultua transporte público no centro de Curitiba

11 jul 2013 - 20h02
(atualizado às 20h15)
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Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram na tarde desta quinta-feira na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba, em atos ligados à Greve Geral convocada por centrais sindicais em todo o País
Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram na tarde desta quinta-feira na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba, em atos ligados à Greve Geral convocada por centrais sindicais em todo o País
Foto: Joyce Carvalho / Especial para Terra

Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram na tarde desta quinta-feira na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba, em atos ligados à Greve Geral convocada por centrais sindicais em todo o País. Centrais sindicais e outras entidades, que participaram de protestos durante todo o dia, promoveram o ato público, que reuniu trabalhadores de diversas categorias, estudantes e aposentados. 

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/greve-geral/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/greve-geral/">Greve Geral</a>

Não foram registrados incidentes, com exceção de um grupo que estava de máscaras. Os trabalhadores pediram para que eles ficassem de "cara limpa", o que não foi aceito e acabou gerando uma confusão.

O ato na praça Rui Barbosa foi o último depois de bloqueios em estradas e manifestações em frente à empresas em toda a Região Metropolitana de Curitiba. 

Os trabalhadores da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), montadoras, metalúrgicas, Correios, e Cavo, empresa responsável pela coleta de lixo em Curitiba pararam os serviços. 

Os motoristas e cobradores do transporte coletivo realizaram um protesto no centro da cidade, com o bloqueio do acesso aos ônibus na praça Rui Barbosa. Manifestantes do pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou 27 praças de pedágio em todas as regiões do Paraná. 

As pessoas que precisavam utilizar as linhas de ônibus que passam pelo centro de Curitiba encontraram dificuldades hoje, por conta do bloqueio. De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, a categoria resolveu fazer um protesto pacífico apenas na praça.

"A orientação é para que os motoristas cheguem na região da praça e os passageiros desembarquem. Eles já devem retornar para a linha e pegar os passageiros em outros pontos do trajeto. Somente aqui é que não vai funcionar", afirma.

Alguns veículos pararam na praça e não retornaram para a sequência das linhas. A Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa que gerencia o transporte coletivo na capital paranaense, conseguiu uma liminar que garantia pelo menos 50% do efetivo nas ruas. 

Muitas empresas optaram em liberar os funcionários mais cedo diante da possibilidade da paralisação do transporte coletivo no período da tarde. O trânsito em vários pontos da cidade ficou complicado por conta do retorno antecipado dos trabalhadores.

"A Força Sindical faz uma avaliação positiva de tudo o que aconteceu hoje. Montadoras e metalúrgicas pararam. Ficamos contentes com cada trabalhador que veio para a praça. O importante foi o dia de luta", disse Nelson Silva de Souza, o Nelsão da Força Sindical. De acordo com ele, 96% das categorias que a entidade representa no Paraná participaram da mobilização de hoje.

Para Regina Cruz, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Paraná, o balanço dos atos de hoje também foi positivo. Entre as reivindicações da CUT e de outras centrais sindicais estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. "No Paraná, a pauta especifica acertada entre as centrais sindicais ainda leva em consideração a redução do preço do pedágio, a não eleição de deputados para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), regulamentação do reajuste do piso mínimo regional e a regulamentação da profissão de motorista", explica. 

Greve geral
Milhões de trabalhadores prometem cruzar os braços e paralisar serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). 

Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil. 

Veja a lista divulgada pela Força Sindical das cidades que devem participar do dia de paralisações:

ESTADO CIDADES
Amazonas Manaus
Alagoas Maceió
Bahia Salvador, Itabuna, Alagoinhas, Brumado, Caetité, Jequié, Camaçari, Nazaré, São Roque e Itabuna
Ceará Fortaleza
Distrito Federal Brasília
Espírito Santo Vitória
Goiás Catalão e Anápolis
Mato Grosso Cuiabá
Mato Grosso do Sul Campo Grande
Minas Gerais Belo Horizonte e Ipatinga
Pará Belém
Paraná Curitiba
Pernambuco Recife
Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Volta Redonda e Resende
Rio Grande do Norte Natal
Rio Grande do Sul Porto Alegre e Região Metropolitana
Santa Catarina Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Chapecó
São Paulo São Paulo, Osasco, Santo André, Guarulhos, São Caetano, Santos, Barretos, Marília, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Franca, Santos, Sorocaba, São José dos Campos, Lorena, Araçatuba, entre outras.
Sergipe Aracaju
Fonte: Especial para Terra
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