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MP vê indícios de 'homicídio tentado' e Justiça prorroga prisão de cirurgião plástico

Justiça prorrogou por mais 25 dias a prisão temporária de Bolívar Guerrero Silva, acusado por uma paciente de mantê-la em cárcere privado

27 jul 2022 - 17h43
(atualizado às 17h59)
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Médico é preso suspeito de manter paciente em cárcere privado após procedimento cirúrgico
Médico é preso suspeito de manter paciente em cárcere privado após procedimento cirúrgico
Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça prorrogou a prisão temporária do cirurgião plástico equatoriano Bolívar Guerrero Silva por mais 25 dias, a pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ). O médico foi preso na semana passada, acusado dos crimes de lesão corporal grave e cárcere privado contra a paciente Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, além de associação criminosa. O MP entendeu, porém, que há indícios de tentativa de homicídio, um crime mais grave.

Segundo a promotora Cláudia Portocarrero, "há fortes indícios de que o médico teria assumido o risco de matar a vítima e, portanto, cometido um crime mais grave, homicídio qualificado na modalidade tentada, hediondo".

Desde a prisão do médico, mais de vinte mulheres já estiveram na Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (Deam) para denunciar outros casos de suposto erro médico do profissional.

Daiana fez uma abdominoplastia em março, seguida de uma cirurgia de aumento das mamas. A operação no abdome teve várias complicações. Segundo familiares da paciente, o médico a teria mantido no hospital Santo Branca, na Baixada Fluminense, contra a vontade dela, por pelo menos dois meses.

Na semana passada, Daiana conseguiu ser transferida para o Hospital Federal de Bonsucesso. Segundo policiais que a encontraram, a barriga da mulher estava completamente "necrosada".

O médico teve a prisão temporária decretada por cinco dias e, posteriormente, prorrogada por mais cinco.

"O atuar doloso do indiciado e a irresponsabilidade completa, a vilania, a torpeza de motivo para a prática do delito, a ganância, o objetivo de ganhos financeiros em detrimento da saúde da vítima, submetida a cirurgias sucessivas, inclusive para fins estéticos, que jamais poderiam ter sido levadas a efeito", destacou a promotora ao pedir a prorrogação da prisão por mais 25 dias.

O Estadão não conseguiu contato com a defesa do médico. Inicialmente, a advogada Louisiana dos Santos Juliasse de Barros, que defende o médico, disse que não daria entrevistas. Bolívar Guerrrero Silva já teria sido preso outras cinco vezes. Na página do médico no Facebook, mulheres alertam para o risco de se submeter a cirurgias plásticas com ele.

Estadão
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