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'Morreu afogado numa piscina que batia no peito', diz amigo de jovem morto em festa no RJ

Amigo disse que estava com ele no evento e que não tinha salva-vidas; segundo testemunhas, Lucas ficou cerca de 20 minutos debaixo d'água

17 abr 2024 - 09h29
(atualizado às 12h08)
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Resumo
Um jovem de 28 anos morreu afogado na piscina de uma festa em Guaratiba, no Rio de Janeiro. Um amigo de infância dele disse que não havia salva-vidas no local.
Lucas Dantas tinha 28 anos
Lucas Dantas tinha 28 anos
Foto: Reprodução/Instagram

Deivison Lima, de 30 anos, amigo de infância do jovem que morreu afogado na piscina de uma festa rave em um sítio em Guaratiba, bairro na zona oeste do Rio de Janeiro, contou que estava com ele no evento e que a piscina, de profundidade até o peitoral de um adulto médio, era aberta ao público e não havia salva-vidas no local.

"Ele tinha saído de perto da gente [dos amigos] no momento que caiu na piscina. Quando outras pessoas da festa foram nos chamar, ele já estava na ambulância, sendo levado para o hospital", disse ao jornal O Globo.

"A nossa indignação é de que não havia salva-vidas no local, o nosso amigo morreu afogado em uma piscina que batia no peito. Não tinha um segurança perto, ninguém viu. As próprias pessoas da festa que perceberam e tiraram o corpo dele de dentro da piscina", acrescentou Lima.

Entenda o caso

Lucas Dantas de Assis, de 28 anos, morreu afogado no último domingo, 14. Familiares do jovem, que trabalhava como motorista de aplicativo e já foi sargento do Exército, contaram à TV Globo que só souberam da morte pelas redes sociais, e se queixaram de negligência por parte do evento.

Informações de amigos dão conta de que Lucas teria passado cerca de 20 minutos debaixo d'água, sem que ninguém notasse a situação. 

"Como pode uma festa desse tamanho não ter segurança? Nós fomos atrás dele no hospital, chegamos poucos minutos depois dele e recebemos a notícia de que ele já estava sem sinais vitais. Ele poderia ter sido socorrido a tempo e estar vivo ainda", afirmou o amigo.

À família, testemunhas contaram que ele não estava se sentindo bem e teria entrado na piscina. "Ele deve ter desmaiado e ficado lá. Ninguém viu, ficou mais de 20 minutos ali na piscina e quando foram ver, ele já estava roxo, já estava morto [...] Quero uma solução [do caso]", disse a mãe Paula Dantas ao O Globo.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que ele foi atendido no Hospital Municipal Pedro II, mas que não resistiu. O corpo de Lucas foi levado ao Instituto Médico Legal, que confirmou a causa da morte como afogamento.

A organização da festa Terratronic publicou dois comunicados relacionados à morte do jovem. O evento informou que Lucas ainda apresentava sinais vitais quando deu entrada no Posto Médico da festa. O jovem teria sido socorrido e levado pela UTI móvel para o hospital.

Ainda em nota, a organização afirmou ter toda a documentação e alvarás exigidos pelo poder público. "[...] atendendo todo o quantitativo de prestadores de serviços exigidos pela legislação, ressaltando que, durante todo o período, o evento contou com guarda-vidas, brigadistas, posto médico, ambulância, médico, enfermeiro e seguranças."

Ao Terra, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz) e encaminhado para a 43ª DP (Guaratiba). "Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte. O responsável pelo evento foi chamado para prestar esclarecimento e testemunhas também serão ouvidas. A investigação está em andamento", disse.

A família realizou o sepultamento de Lucas Dantas na terça-feira, 16, no Cemitério do Corte 8, em Duque de Caxias.

Fonte: Redação Terra
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