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Metroviários votam para decidir se paralisam atividades nesta quarta-feira

A assembleia ocorrerá por meio de votação online nesta terça. Categoria diz que governo tenta retirar direitos dos trabalhadores. Metrô cita queda de receita acima de 70%

29 jun 2020 - 22h38
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O Sindicato dos Metroviários colocará em votação nesta terça-feira, 30, a possibilidade de paralisação do serviço do metrô na cidade de São Paulo na quarta-feira, 1. A categoria diz que o governo do Estado está "retirando direitos" dos trabalhadores, ao que a Companhia do Metropolitano responde citando queda de receita acima de 70%.

A assembleia ocorrerá por meio de votação online nesta terça. O sindicato informou que foi realizada uma reunião com a companhia nesta segunda-feira, 29, onde relataram ter reafirmado a intenção de paralisar as atividades. "Durante a reunião, o sindicato expôs a decisão massiva da categoria de greve no dia 1.º caso o Metrô mantenha os descontos no mês de junho, prometidos com o pacote de ataques da empresa e do governo estadual", divulgou o sindicato em nota.

Os trabalhadores dizem que o porcentual de pagamento sobre horas extras pode ser reduzido de 100% para 50%, o adicional noturno seria diminuído de 50% para 20%, além da extinção de outras gratificações. "A categoria está realizando uma forte mobilização contra a retirada dos direitos históricos, com uso de coletes, adesivos e botons. A luta não é por aumento salarial, mas pela manutenção do acordo coletivo, dos direitos e do plano de saúde", informou o sindicato.

Em nota, o Metrô informou ao Estadão que enfrenta queda acima de 70% na receita. Citando as reduções de salário implementadas na iniciativa privada, a companhia diz que propõe a manutenção integral dos salários e do emprego de todos os funcionários. Os benefícios, acrescentou o órgão estadual, são "bem mais altos que a média do mercado".

"Esta diferença se traduz em pagar 70% de todas as despesas médicas, hospitalares e odontológicas de seus colaboradores, pagar adicional noturno e horas extras como exatamente previsto em lei, assegurando todos os benefícios previstos em lei e vários outros que a lei não contempla e mais benefício que milhões de trabalhadores privados não possuem neste momento de tanto medo e insegurança. Será que todos os empregados neste momento de sobrevivência dos empregos não compreendem que este pontos não são desumanos, cruéis e injustos?", pontuou a Companhia do Metropolitano.

O órgão disse que empenha esforços para assegurar o melhor aos empregados, "mas tem de ter a responsabilidade e transparência de compreender o que milhões de paulistas estão passando".

Estadão
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