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Greve: professores e funcionários bloqueiam entrada da USP

11 jun 2014 - 11h27
(atualizado às 12h32)
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<p> As universidades já viviam no limite. Esse corte vai levar ao caos. A USP é responsável por 30% da pesquisa no Brasil", disse Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp)</p>
As universidades já viviam no limite. Esse corte vai levar ao caos. A USP é responsável por 30% da pesquisa no Brasil", disse Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp)
Foto: Agência Brasil

Professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP) bloqueiam a entrada do campus do Butantã, na zona oeste da cidade. O protesto foi organizado com o objetivo de chamar a atenção para a greve na instituição, que já dura 15 dias.

Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a categoria reivindica reajuste salarial de 10%, a suspensão do corte de 30% na verba destinada ao ensino e à pesquisa e a contratação de professores e funcionários.

“Essa é uma luta de professores, funcionários e estudantes, e é uma luta de todos porque a USP é um patrimônio do povo brasileiro. Quem sustenta isso aqui é o povo, cuja maioria não tem nem como entrar na universidade”, declarou.

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Manifestantes se concentraram em frente ao Portão 1 da universidade
Foto: Celso Shizen / vc repórter

A greve, que começou no dia 27 de maio, recebeu apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Para a entidade, o ensino e a pesquisa estão sendo prejudicados. “As universidades já viviam no limite. Esse corte vai levar ao caos. A USP é responsável por 30% da pesquisa no Brasil. As três universidades estaduais paulistas são responsáveis por mais de 50%”, disse o presidente do Sintusp.

Além da pesquisa, alguns serviços oferecidos pela universidade, como o de saúde, foram afetados pelo corte de orçamento, informou o sindicalista. “O hospital universitário está tendo que suspender cirurgias porque falta material básico. Até fio de sutura, outro dia, não tinha. Teve que suspender cirurgia. Coisas absurdas que estão acontecendo numa universidade que era a melhor da América latina e agora perdeu para outra universidade do Chile.”

Os grevistas devem seguir hoje, às 17h, para a Avenida Paulista onde faz uma passeata em solidariedade aos metroviários demitidos após a greve. O ato vai começar no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

A Agência Brasil entrou em contato com a Reitoria da Universidade de São Paulo, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.

Colaborou com esta notícia o leitor Celso Shizen, de São Paulo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Agência Brasil Agência Brasil
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