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Bloqueio de vias em protesto é 'caso de polícia', diz Alckmin em Paris

Governador criticou ação de manifestantes que criticam o reajuste das tarifas do transporte público em São Paulo

11 jun 2013 - 14h05
(atualizado às 14h08)
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<p>Segundo governador, &eacute; dever do Estado garantir direito de ir e vir dos moradores</p>
Segundo governador, é dever do Estado garantir direito de ir e vir dos moradores
Foto: Bruno Santos / Terra

Em viagem oficial a Paris, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, em entrevista à Rádio França Internacional (RFI), que é dever do Estado garantir a livre circulação dos moradores durante os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus na capital paulista. Ao criticar o movimento que contesta o reajuste, Alckmin afirmou que os bloqueios de vias importantes da cidade e a depredação de patrimônio público são "caso de polícia".

"Uma coisa é movimento, tem que ser respeitado, ouvido, dialogado. Isso é normal e é nosso dever fazê-lo. Outra coisa é vandalismo, é você interromper artérias importantes da cidade, tirar o direito de ir e vir das pessoas, depredar o patrimônio público que é de todos. Isso não é possível, aí é caso de polícia, e a polícia tem o dever de garantir a segurança das pessoas", afirmou.

Alckmin está em Paris na companhia do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com o objetivo de defender a candidatura da capital paulista como sede da Expo 2020. Mesmo no exterior, tanto o governador quanto o prefeito garantiram que monitoram "em tempo real" a situação dos protestos na cidade.

Um novo protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo está marcado para as 17h desta terça-feira. Os manifestantes devem se encontrar na praça do Ciclista, que fica no cruzamento da avenida Paulista com a rua da Consolação. Segundo o Movimento Passe Livre (MPL), o grupo deve decidir na hora sobre qual caminho percorrerá.

O MPL divulgou o protesto pelo Facebook. "Já paramos a (avenida) Vinte e Três de Maio, a (rua) Nove de Julho, avenida Paulista, (avenida) Rebouças, (avenida Brigadeiro)  Faria Lima e marginal Pinheiros. (...) Não pararemos até a revogação do aumento", escreveram os organizadores.

Desde o dia 2 de junho, as tarifas de ônibus, trens e metrô em São Paulo custam R$ 3,20 - até então, o valor da passagem era R$ 3,00. No último sábado, um grupo de manifestantes fechou por cinco minutos a pista local da marginal Pinheiros, sentido Castello Branco. Eles bloquearam o tráfego na região da estação Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e só deixaram o local porque foram dispersos pela Polícia Militar. Um jovem foi detido por desacato a autoridade, mas foi liberado em seguida.

Na última quinta-feira, 15 pessoas foram detidas após um confronto com policiais na avenida Paulista. Os manifestantes fecharam a bifurcação entre as avenidas Vinte e Três de Maio e Nove de Julho, na região do Terminal Bandeira, centro da capital, e interditaram as vias queimando caixotes e itens de sinalização de trânsito. Os manifestantes entraram no terminal e, de acordo com a PM, danificaram e picharam alguns ônibus. A polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para acabar com o ato.

Fonte: Terra
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