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Araçatuba: Secretário admite necessidade de mais integração e drones para conter crimes

Assalto a agências bancárias no interior paulista terminou com três mortos; Polícia Federal também vai investigar o caso

31 ago 2021 - 09h55
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SÃO PAULO - O secretário de Segurança Pública de São Paulo em exercício, coronel Álvaro Batista Camilo, disse à Rádio Eldorado nesta terça-feira, 31, que é necessária mais integração entre a força de segurança estadual e os bancos federais para evitar ações criminosas como a que aconteceu em Araçatuba no dia anterior, em que terminou com três mortos e três agências atacadas. O Estado não tinha conhecimento do elevado volume financeiro presente no local, segundo ele, dado que as informações sobre o local eram administradas pelas instituições financeiras em âmbito federal.

"A informação estava reservada dentro do banco. Se soubéssemos que o risco era grande, poderíamos ter aumentado o efetivo na cidade. Poderia haver um contato maior", admitiu. Uma das agências invadidas funciona como uma tesouraria regional, por isso, guardava um montante expressivo. A Polícia Federal também vai investigar o caso.

Amarrados em carros, reféns foram feitos de 'escudo humano' para impedir ataques da polícia contra os criminosos.  
Amarrados em carros, reféns foram feitos de 'escudo humano' para impedir ataques da polícia contra os criminosos.
Foto: Reprodução/Twitter / Estadão

A investigação, segundo o secretário, acontece de forma integrada entre as três polícias — civil, militar e federal —, incluindo unidades de outros Estados. Conforme as ações criminosas evoluem, afirmou, a dinâmica de operações da PM também se altera. Uma característica que chamou a atenção no assalto em Araçatuba foi o uso de drones, pelos bandidos, para monitorar a aproximação da polícia. "Eles usaram drones. Nós temos que fazer frente e usar os nossos próprios drones também", disse.

Esse tipo de crime - com planejamento e tecnologias sofisticados, com foco em cidades do interior - tem sido chamado por parte dos especialistas de "novo cangaço'. Camilo afirmou que não é incomum que a inteligência desmonte ações criminosas planejadas para instituições financeiras no Estado de São Paulo, mas ter acesso a informações é parte importante do processo. "Temos que trabalhar na causa, entender por que aconteceu e evitar que aconteça de novo".

Em Araçatuba, a quadrilha empregou diferentes estratégias para proteger os bandidos da ação da polícia — desde 'escudos humanos' nas ruas, com reféns em cima de veículos, até o uso de drones para monitorar o roubo. A quadrilha espalhou explosivos pelas ruas e incendiou veículos em locais estratégicos para dificultar o acesso à cidade. Um suspeito foi morto e dois foram detidos.

Estadão
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