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Brasil diz que bombardeio a hospital em Gaza é 'padrão reiterado de violações do governo de Israel'

Governo divulgou uma nota condenando os ataques de Israel contra o hospital Nasser, que provocou a morte de ao menos 20 pessoas

26 ago 2025 - 08h43
(atualizado às 10h22)
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Resumo
O Brasil condenou o bombardeio ao hospital Nasser em Gaza, destacou possíveis crimes de guerra e pediu responsabilização, enquanto Israel rebaixou laços diplomáticos citando postura crítica do Brasil.
Quarto andar do Complexo Médico Nasser danificado após um ataque israelense em Khan Yunis, Gaza, em 25 de agosto de 2025.
Quarto andar do Complexo Médico Nasser danificado após um ataque israelense em Khan Yunis, Gaza, em 25 de agosto de 2025.
Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

O governo brasileiro condenou, na noite de segunda-feira, 25, os bombardeios de Israel contra o hospital Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O ataque causou a morte de ao menos 20 palestinos, incluindo jornalistas e trabalhadores humanitários, além de deixar dezenas de feridos. 

"O bombardeio contra o hospital Nasser soma-se a um padrão reiterado de violações perpetradas pelo governo de Israel contra a população palestina. A responsabilização por tais atos é condição essencial para evitar sua repetição e assegurar justiça às vítimas", diz a nota divulgada pelo governo. 

O comunicado também lembrou que ataques a hospitais e unidades médicas podem configurar crimes de guerra, conforme as Convenções de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais.

O governo ainda conclamou a comunidade internacional e os mecanismos competentes das Nações Unidas a assegurar a realização de investigação sobre o caso para a devida responsabilização pelos atos.

"Ao reiterar apelo por cessar-fogo imediato, o Brasil insta o governo de Israel a interromper os ataques contra a população civil de Gaza, a assegurar aos jornalistas o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho e a levantar restrições vigentes à entrada de profissionais da imprensa internacional e de ajuda humanitária naquele território", destaca a nota.

Israel atinge hospital de Gaza e mata ao menos 20 pessoas, incluindo jornalistas:

Israel 'rebaixa' laços com o Brasil 

Na segunda-feira, 25, o Ministério das Relações Exteriores de Israel "rebaixou" os laços com o Brasil após a indicação de um novo embaixador não ter sido aprovada pelo Itamaraty. Em comunicado, a pasta afirmou que o país retirou seu pedido após o Brasil "se abster de responder".  As informações são do jornal local Times of Israel.

'Depois que o Brasil, incomumente, se abster de responder ao pedido de agrément do embaixador Gali Dagan, Israel retirou o pedido, e as relações entre os países agora estão sendo conduzidas em um nível diplomático mais baixo", afirmou o Ministério de Israel. 

O Brasil convocou seu embaixador em Israel no ano passado, e não nomeou um substituto. Já a indicação de Gali Dagan foi feita por Israel em janeiro deste ano -- e, até o momento, o Brasil não deu um retorno sobre o pedido.

Nesse contexto, o país ainda pontua a "linha crítica e hostil que o Brasil tem mostrado em relação a Israel" desde o ataque do Hamas em outubro de 2023. Segundo Israel, essa questão 'foi intensificada" por comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo do ano passado.

A situação, inclusive, fez o governo de Benjamin Netanyahu, de Israel, declarar Lula uma persona non grata, por ter acusado Israel de genocídio em Gaza, comparando as ações na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista. 

Fonte: Redação Terra
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