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Bolsonaro testa positivo para covid-19 novamente

22 jul 2020 - 10h41
(atualizado às 10h44)
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Terceiro exame realizado pelo presidente desde que contraiu a doença confirma que ele continua infectado pelo coronavírus, segundo o Planalto. Ele segue em isolamento e afirma se tratar com cloroquina.O Planalto informou nesta quarta-feira (22/07) que Jair Bolsonaro testou novamente positivo para covid-19. É o terceiro exame feito pelo presidente brasileiro que detecta a presença do coronavírus desde que ele anunciou ter sido infectado, no início do mês.

Bolsonaro vem cumprindo agenda oficial por videoconferência
Bolsonaro vem cumprindo agenda oficial por videoconferência
Foto: DW / Deutsche Welle

"O presidente Jair Bolsonaro segue em boa evolução de saúde, sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República. O teste realizado pelo presidente no dia de ontem, 21, apresentou resultado positivo", disse o Planalto.

Bolsonaro anunciou ter contraído coronavírus em 7 de julho. Desde então, só participa de compromissos oficiais por videoconferência e diz que só se reúne com auxiliares que já foram infectados.

O anúncio de que Bolsonaro tem covid-19 foi recebido com escárnio por parte da população brasileira e chamou grande atenção da imprensa europeia, que destacou a postura negacionista do presidente em relação à gravidade da pandemia, sua inércia para conter o avanço da doença e o desrespeito às medidas de proteção.

Com frequência, Bolsonaro afirma que se trata com a hidroxicloroquina, um medicamento que não tem efeito comprovado contra a covid-19. Enquanto o presidente insiste na eficácia do remédio, autoridades de saúde em todo o mundo alertam contra a sua utilização para tratar a doença causada pelo novo coronavírus.

No último domingo, diante de um grupo de apoiadores nas proximidades do Planalto, Bolsonaro chegou a erguer uma caixa do remédio e acenar com ela para os presentes.

Os ministros da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e da Educação, Milton Ribeiro, também anunciaram nesta semana que testaram positivo para covid-19.

Nos últimos meses, em diversas ocasiões, o presidente contrariou recomendações e desafiou medidas impostas para evitar aglomerações ao realizar passeios pelo comércio, participando de atos com apoiadores e abraçando e cumprimentando pessoas.

O presidente vem tentando minimizar o impacto da doença desde que o coronavírus chegou ao país, tendo se referido à covid-19 como uma "gripezinha". Ele ignorou várias vezes as recomendações da Organização Mundial de saúde (OMS) ao participar de manifestações organizadas por seus simpatizantes e provocar aglomerações, muitas vezes entrando em contato direto com seus apoiadores. Durante muito tempo, ele evitou utilizar a máscara de proteção.

O governo federal dificultou o acesso a informações sobre a doença e atribuiu aos governadores a responsabilidade pelo combate à epidemia.

O Brasil já superou a marca de 80 mil mortos pela doença, com mais de 2 milhões de casos registrados. Entretanto, diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país alertam que os números reais do novo coronavírus devem ser ainda maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.

RPR/ots

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